Projeto 'Mulheres do Jacuípe' promove mudança socioambiental e resiliência feminina no semiárido
Mais de 60% do território baiano está localizado na área do semiárido, com imensas áreas vulneráveis à desertificação e a ausência de políticas públicas
Créditos da foto: Ilustrativa/Pixabay
Uma ação realizada no semiárido baiano está mobilizando mulheres da região para lutar pela causa ambiental local. O projeto “Mulheres do Jacuípe: construindo justiça socioambiental e resiliência climática no semiárido” tem como objetivo contribuir para a construção de um mundo mais sustentável e equitativo, tendo mulheres e jovens como protagonistas das mudanças sociais.
Iniciativa da Rede Pintadas, através da Plataforma de Mulheres de Base Praticantes de Resiliência e com apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), o projeto está atuando para fortalecer as capacidades das mulheres do Território Bacia do Jacuípe.
Mais de 60% do território baiano está localizado na região semiárida, com imensas áreas vulneráveis à desertificação e a ausência de políticas públicas. Vale lembrar que Pintadas foi o primeiro município do Nordeste a universalizar a cobertura hídrica na zona rural por meio de tecnologias sociais.
Marcado pela escassez hídrica e altos índices de desigualdades sociais, o semiárido perdeu 300 mm de chuva nos últimos anos, o que afeta cada vez mais a produção de alimentos, indicadores econômicos, a qualidade de vida das pessoas e favorece a violação de direitos humanos. O resultado é a migração e perda de jovens com capacidade produtiva para as grandes cidades, prejudicando a possibilidade de respostas para esses problemas.
A jovem Ranielle Lima dos Santos, de 22 anos, optou por ajudar a construir ações de resiliência e continua vivendo no semiárido. Orgulha-se de fazer parte da terceira geração de Lameiro, situada na cidade de Pintadas. A comunidade assentada é marcada pela luta pelo direito à terra e pela resiliência de mulheres agricultoras por melhores condições de vida e de trabalho através de movimento social local no embate à grilagem de terras.
Ranielle está participando dos encontros presenciais e remotos e tirando aprendizados importantes. “O diálogo é fundamental para discutir estratégias para futuras intervenções e execução de ações urgentes para mitigar os efeitos da seca”, avalia a estudante de Licenciatura em Letras/Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Foi a atuação na Rede Pintadas, através do Programa Cadenas de Valores, que viabilizou o primeiro emprego da jovem quilombola. “Tive a oportunidade de ecoar minha voz em prol do pertencimento de movimentos sociais, a garantia de direitos coletivos e individuais”, destaca. Preocupada com a escassez de jovens nos espaços de debate e transformação social, Rannielle aposta na visibilidade e valorização das mulheres e jovens para a construção de diálogo e proposição de soluções com órgãos públicos e sociedade civil. “Projetos como esses me permitem rememorar de forma mais consciente a luta de minha comunidade e das minhas matriarcas, minha vozinha e minha mainha, a partir da compreensão das possibilidades de construção coletiva”, atesta.
O projeto Mulheres do Jacuípe está alinhado com a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), a qual estabelece um conjunto de objetivos para o desenvolvimento sustentável para promover um mundo justo e igualitário para todos e todas.
“Foram mais de 300 organizações de todo Brasil inscritas, sendo que 24 foram contempladas. A Rede Pintadas é uma delas. Nosso foco é empoderar as mulheres para atuar a favor da pauta climática”, explica Neia Bastos, que integra a coordenação da Plataforma de Base de Mulheres da Rede Pintadas.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).
Iniciativa da Rede Pintadas, através da Plataforma de Mulheres de Base Praticantes de Resiliência e com apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), o projeto está atuando para fortalecer as capacidades das mulheres do Território Bacia do Jacuípe.
Mais de 60% do território baiano está localizado na região semiárida, com imensas áreas vulneráveis à desertificação e a ausência de políticas públicas. Vale lembrar que Pintadas foi o primeiro município do Nordeste a universalizar a cobertura hídrica na zona rural por meio de tecnologias sociais.
Marcado pela escassez hídrica e altos índices de desigualdades sociais, o semiárido perdeu 300 mm de chuva nos últimos anos, o que afeta cada vez mais a produção de alimentos, indicadores econômicos, a qualidade de vida das pessoas e favorece a violação de direitos humanos. O resultado é a migração e perda de jovens com capacidade produtiva para as grandes cidades, prejudicando a possibilidade de respostas para esses problemas.
A jovem Ranielle Lima dos Santos, de 22 anos, optou por ajudar a construir ações de resiliência e continua vivendo no semiárido. Orgulha-se de fazer parte da terceira geração de Lameiro, situada na cidade de Pintadas. A comunidade assentada é marcada pela luta pelo direito à terra e pela resiliência de mulheres agricultoras por melhores condições de vida e de trabalho através de movimento social local no embate à grilagem de terras.
Ranielle está participando dos encontros presenciais e remotos e tirando aprendizados importantes. “O diálogo é fundamental para discutir estratégias para futuras intervenções e execução de ações urgentes para mitigar os efeitos da seca”, avalia a estudante de Licenciatura em Letras/Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Foi a atuação na Rede Pintadas, através do Programa Cadenas de Valores, que viabilizou o primeiro emprego da jovem quilombola. “Tive a oportunidade de ecoar minha voz em prol do pertencimento de movimentos sociais, a garantia de direitos coletivos e individuais”, destaca. Preocupada com a escassez de jovens nos espaços de debate e transformação social, Rannielle aposta na visibilidade e valorização das mulheres e jovens para a construção de diálogo e proposição de soluções com órgãos públicos e sociedade civil. “Projetos como esses me permitem rememorar de forma mais consciente a luta de minha comunidade e das minhas matriarcas, minha vozinha e minha mainha, a partir da compreensão das possibilidades de construção coletiva”, atesta.
O projeto Mulheres do Jacuípe está alinhado com a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), a qual estabelece um conjunto de objetivos para o desenvolvimento sustentável para promover um mundo justo e igualitário para todos e todas.
“Foram mais de 300 organizações de todo Brasil inscritas, sendo que 24 foram contempladas. A Rede Pintadas é uma delas. Nosso foco é empoderar as mulheres para atuar a favor da pauta climática”, explica Neia Bastos, que integra a coordenação da Plataforma de Base de Mulheres da Rede Pintadas.
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