Professores de Camaçari são afastados após acusação de assédio sexual contra oito alunas; "chamavam de 'gostosa'"
A reportagem do Aratu On conversou com o advogado das adolescentes, Helder Matos. Segundo ele, os assédios começaram no início deste ano e a denúncia à direção do colégio foi feita no último dia 23 de março.
Pelo menos oito adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos, que estudam Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, denunciaram dois professores da instituição por assédio sexual.
A reportagem do Aratu On conversou com o advogado das adolescentes, Helder Matos. Segundo ele, os assédios começaram no início deste ano e a denúncia à direção do colégio foi feita no último dia 23 de março.
“Falavam palavras do ponto de vista depreciativo, com cunho sexual, inclusive um deles chamando as meninas de ‘gostosa’. Eles ficam, segundo elas, com olhares maldosos nas regiões íntimas, como seios. Ficam convidando algumas delas a beber álcool, sair juntos, mandando corações nas redes sociais. Fazem comentários intimistas no direct [local destinado às mensagens privadas no Instagram] delas”, realtou o advogado.
Ainda segundo Helder Matos, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) já foi acionado e instaurou procedimento de notícia de fato para acompanhar o caso.
O órgão também oficiou o Conselho Tutelar e, no momento, está no aguardo de novas informações para decidir quais medidas cabíveis serão tomadas no âmbito criminal e de proteção às adolescentes.
A Secretaria de Educação da Bahia, por sua vez, afastou os professores e a direção da unidade escolar fez o acolhimento das estudantes, dialogou com as famílias e coletou os depoimentos.
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