Patrícia Poeta é criticada após revelar suspeito de crime ao pai da vítima

A apresentadora Patrícia Poeta tornou-se alvo de críticas nesta sexta-feira (7) após revelar, ao vivo no programa Encontro, da TV Globo, a identidade do suposto assassino de Vitória Regina, de 17 anos, antes que a própria família da vítima fosse oficialmente informada pela polícia. O corpo da jovem foi encontrado em Cajamar, em São Paulo, na última quarta-feira (5), com sinais de extrema violência. Ela estava decapitada, com o cabelo raspado e nua, vestindo apenas um sutiã.

Foto: Reprodução/Globoplay

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Durante uma entrevista com o pai da vítima, que estava visivelmente abalado, Patrícia compartilhou informações sobre o caso, e afirmou que o principal suspeito é o atual companheiro do ex-namorado de Vitória. O homem afirmou que ainda não havia recebido qualquer comunicação oficial das autoridades, o que gerou um clima de constrangimento e tensão no programa. Assista:

Patrícia Poeta ultrapassando todos os limites contando pro pai da Vitória Regina ao vivo no Encontro o desfecho da morte da filha dele e ele intacto recebendo as informações pic.twitter.com/QFMGLrSkNR

— Matheus (@matheuscaseca) March 7, 2025

De acordo com as investigações, o principal suspeito do crime é um homem identificado como Daniel, que teria um relacionamento com Gustavo Lira, ex-namorado de Vitória. A polícia que a motivação do crime seria ciúmes. Daniel teria contado com a ajuda de outros dois comparsas, que também são procurados.

A atitude da apresentadora provocou indignação nas redes sociais. Um usuário da plataforma X (antigo Twitter) questionou: "Como assim a Patrícia Poeta revela ao vivo para o pai da Vitória quem matou a filha dele? Isso cabe à polícia, não à TV". Outro telespectador comentou: "Parecia que ela queria alguma reação dele, o cara ficou completamente em choque".  

Enquanto isso, a Polícia Civil de São Paulo continua com as investigações e as buscas pelos suspeitos. De acordo com o delegado Aldo Galiano Junior, a adolescente foi brutalmente agredida antes de ser morta, e o crime pode estar relacionado a uma vingança, com possível envolvimento do crime organizado.

A jovem foi encontrada morta em Cajamar, em São Paulo, na última quarta-feira (5). | Foto: Redes Sociais

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Entenda o crime

Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair do trabalho. Em uma mensagem enviada a uma amiga, ela disse que estava com a impressão de estar sendo perseguida por dois homens durante o trajeto para casa. Testemunhas relataram ter visto um carro parado no ponto de ônibus em que a jovem desceu e desapareceu. O veículo foi localizado e revistado pela polícia, que utilizou o sistema Afis para identificar impressões digitais e relacioná-las a dados do Sistema de Reconhecimento de Pessoas.

Segundo o motorista do ônibus, Vitória desceu sozinha no ponto habitual, localizado em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, região de chácaras onde morava com a família.

O último contato de Vitória foi com um "ficante", com quem mantinha um relacionamento esporádico. De acordo com o advogado da família da vítima, Fábio Costa, a jovem enviou uma mensagem ao rapaz pedindo que ele a buscasse no ponto de ônibus, pois estava com medo.

O homem, que chegou a ser apontado como suspeito, já prestou depoimento e afirmou que estava dormindo quando recebeu o pedido de Vitória. Ao acordar de madrugada, tentou entrar em contato com ela, mas não obteve resposta.

Vitória morava em Cajamar e trabalhava como operadora de caixa em um restaurante de shopping no centro da cidade. Por voltar tarde do trabalho, costumava ser buscada pelo pai no ponto de ônibus. No dia do desaparecimento, o carro da família estava quebrado, e ela precisou fazer o trajeto sozinha.