Jovem encontrada decapitada foi morta pelo namorado do ex-companheiro

Polícia acredita que a jovem Vitória, de 17 anos, tenha sido morta por ciúmes

Por Da Redação.

A Polícia Civil realiza buscas na manhã desta sexta-feira (7) em uma mata na região de Cajamar, na Grande São Paulo, para localizar os suspeitos do assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. A vítima, que estava desaparecida há uma semana, foi encontrada morta na última quarta-feira (5), nua e com os cabelos raspados e decapitada.


Vitória tinha 17 anos | Reprodução/Redes sociais

Vitória tinha 17 anos | Reprodução/Redes sociais




De acordo com as investigações, o principal suspeito do crime é um homem identificado como Daniel, que teria um relacionamento com Gustavo Lira, ex-namorado de Vitória. A polícia acredita que o ciúme em relação à vítima pode ter motivado o crime. Daniel teria contado com a ajuda de outros dois comparsas, que também são procurados.


Há ainda a possibilidade de que o suspeito tenha envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme apontou o delegado Aldo Galiano Junior, da Delegacia Seccional de Franco da Rocha. A suspeita surgiu devido às características do crime. "A raspagem do cabelo costuma ser um sinal das facções, de mandar um recado", afirmou o delegado.


Na quinta-feira (6), a polícia chegou a pedir a prisão de outro ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius Moraes, devido a inconsistências em seu depoimento. No entanto, a Justiça negou o pedido, alegando falta de provas que o ligassem diretamente ao assassinato.


O caso


Mensagens de Vitória antes do crime. Foto: SBT News

Mensagens de Vitória antes do crime. Foto: SBT News




Vitória morava em Cajamar e trabalhava como operadora de caixa em um restaurante de shopping no centro da cidade. Por voltar tarde do trabalho, costumava ser buscada pelo pai no ponto de ônibus. No dia do desaparecimento, o carro da família estava quebrado, e ela precisou fazer o trajeto sozinha.


O percurso, que durava cerca de uma hora, exigia que a jovem pegasse dois ônibus. Enquanto aguardava o primeiro, no bairro de Polvilho, Vitória enviou mensagens a uma amiga expressando medo. "Tem uns meninos aqui do meu lado, tô com medo", escreveu. Ela relatou ainda que os suspeitos embarcaram no mesmo ônibus: "Os dois pegaram, o outro acabou de vir para trás".


Imagens de segurança mostram a jovem no ponto de ônibus, com os homens ao redor. Após entrar no veículo, Vitória tentou tranquilizar a amiga: "Amiga, tá de boa, nenhum desceu no mesmo ponto que eu, então tá de boaça".


Segundo o motorista do ônibus, a jovem desceu sozinha no ponto de costume, em uma estrada de terra no bairro Ponunduva, região de chácaras onde morava com a família. Em áudios enviados à amiga, Vitória relatou que um carro passou devagar e os ocupantes a chamaram de "vida", o que a deixou assustada. Testemunhas viram o veículo parado no ponto onde a jovem desceu e desapareceu.


Peritos revistaram o carro e utilizaram o sistema Afis, que detecta impressões digitais, para cruzar dados com o Sistema de Reconhecimento de Pessoas. As investigações continuam em andamento.


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