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MP investiga se Ronaldinho Gaúcho cometeu outros crimes no Paraguai

MP investiga se Ronaldinho Gaúcho cometeu outros crimes no Paraguai

Por Da Redação

MP investiga se Ronaldinho Gaúcho cometeu outros crimes no Paraguaidivulgação / MP do Paraguai

O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, passaram a segunda noite presos em uma cela especial da Agrupação Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, Paraguai. O Ministério Público do Paraguai pede ampliação das investigações para saber se o ex-jogador teria cometido outros crimes como lavagem de dinheiro.


Ronaldinho e Assis estão presos em caráter preventivo, a pedido do Ministério Público paraguaio, que temia que os dois deixassem o país antes das autoridades esclareceram porque os dois ingressaram no Paraguai usando documentos paraguaios com dados falsos. Caso não seja revertida, a prisão preventiva pode durar até seis meses.


O ex-atleta e seu irmão chegaram ao Paraguai na manhã da última quarta-feira (4/3). Embora cidadãos brasileiros possam ingressar no país vizinho apenas apresentando o documento de identidade brasileiro, Ronaldinho e Assis entregaram aos agentes da imigração um passaporte paraguaio preenchido com seus dados pessoais, como se fossem cidadãos naturalizados paraguaios.


Apesar de estranharem o fato, os agentes autorizaram o ingresso da dupla. Horas mais tarde, os dois foram alvos de uma operação que levou promotores do Ministério Público e policiais a vasculharem os quartos do resort em que Ronaldinho e Assis estavam hospedados e apreenderem os passaportes e as cédulas de identidade paraguaias que os dois portavam.


Segundo o promotor Federico Delfino, do MP paraguaio, Ronaldinho e Assis disseram ter viajado a convite do dono do cassino Il Palazzo, o brasileiro Nelson Belotti, e que, já no país, foram procurados por representantes de uma fundação de assistência, a Fraternidade Angelical, para participar de eventos beneficentes. Ainda de acordo com o promotor, os documentos são autênticos, mas foram preenchidos com informações falsas.


Na quinta-feira (5/3), promotores da Unidade Especializada em Crime Organizado, do MP paraguaio, propuseram que o ex-jogador de futebol e seu empresário fossem liberados por colaborarem com as investigações. Com base nisto, Ronaldinho e Assis prestaram novos depoimentos na sexta-feira (6/3) à tarde, já preparados a deixar o país. Mas após cerca de seis horas de audiência, o juiz Mirko Valinotti indeferiu o argumento do MP, estabelecendo um prazo de dez dias para que os promotores responsáveis pelo caso reavaliassem a situação.


O MP, então, voltou atrás em sua manifestação. Um novo promotor, Osmar Legal, da Unidade Especializada em Delitos Econômicos, foi designado para o caso, sugerindo que as autoridades locais investigam também a hipótese de lavagem de dinheiro. Ainda na sexta-feira, o MP recomendou que Ronaldinho e Assis fossem presos em caráter preventivo.


Detidos, os dois brasileiros foram conduzidos para a cela especial da Polícia Nacional, onde passaram a noite de sexta para sábado, quando se apresentaram perante a juíza Penal de Garantias, Clara Ruiz Díaz, que manteve a prisão preventiva por considerar graves os fatos investigados. Segundo o MP, a defesa de Ronaldinho e de Assis ainda tentaram converter a medida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado. “Os advogados pediram a prisão domiciliar, mas [Ronaldinho e seu irmão] não tem endereço fixo [no Paraguai]”, comentou o promotor.


Além de Ronaldinho e de Assis, também estão presos por suposto envolvimento no caso o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, apontado como representante legal do ex-jogador no Paraguai, e as paraguaias María Isabel Gayoso e Esperanza Apolonia Caballero. O MP pediu também determinou a prisão da empresária Dalia López Troche.


De acordo com informações divulgadas pelo MP paraguaio, Ronaldinho e seu irmão afirmam que após viajarem à convite de Belotti, receberam o convite de Dalia participar de eventos beneficentes. O ex-jogador e seu irmão também afirmam ter recebido os documentos falsificados do empresário Wilmondes Sousa Lira – que, por sua vez, responsabiliza a Dalia.


Já María Isabel e Esperanza Apolonia são investigadas porque, segundo a Polícia Nacional, os documentos encontrados com os brasileiros foram emitidos para as duas, que os solicitaram em janeiro deste ano.


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