Mãe de santo denuncia ordem de despejo de terreiro na Cidade Nova

Responsável pelo Terreiro Pedreiras de Xangô, mãe de santo Cláudia de Jesus classifica as obras próximas ao espaço como um ato de intolerância religiosa

Por Da Redação.

A Mãe de Santo Cláudia de Jesus, responsável pelo terreiro Pedreiras de Xangô, localizado no bairro de Sertanejo, na Cidade Nova, denuncia uma suposta ordem de despejo e demolição do espaço religioso para a realização de uma obra pública, conduzida pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder). No entanto, o órgão negou as acusações em nota oficial.


Mãe de Santo denúncia Conder por obras próximo a terreiro. Foto: Alô Juca

Mãe de Santo denúncia Conder por obras próximo a terreiro. Foto: Alô Juca




Desde que as estruturas para as obras começaram a ser montadas próximo ao terreiro e à Cachoeira de Oxum, o local tem sido alvo de denúncias por desrespeito à tradição religiosa. Segundo Mãe Cláudia, as obras não estariam considerando o impacto cultural e religioso da medida.


Na manhã desta segunda-feira (17), durante reportagem do portal Alô Juca, maquinários já estavam no local para iniciar as obras ao redor do terreiro, enquanto agentes da Polícia Militar acompanhavam os manifestantes.


“Eles querem colocar minha casa no chão sem oferecer qualquer alternativa. Isso é intolerância religiosa”, declarou Mãe Cláudia, que também relatou ter sido atingida por uma pedra durante a abordagem.


Mãe de três filhos, Cláudia faz um apelo a reportagem do Alô Juca, afirmando que a única condição oferecida pelo governo foi um auxílio de R$ 450 mensais para o pagamento de aluguel.


Em nota, a Conder afirmou que “as obras de contenção que estão sendo realizadas pela companhia no Sertanejo, bairro da Cidade Nova, não preveem a demolição do terreiro citado pela reportagem”. A companhia também declarou que “não solicitou o despejo da responsável pelo imóvel” e que as obras previstas contemplam uma área localizada atrás do terreiro. Segundo a Conder, as intervenções nas proximidades do local estão suspensas desde 1º de setembro de 2023, data em que o Ministério Público da Bahia passou a mediar a questão.


Obra seria realizada próximo ao terreiro. Foto: Alô Juca

Obra seria realizada próximo ao terreiro. Foto: Alô Juca




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