Bahia ganha primeira delegacia de combate ao racismo e intolerância religiosa
Unidade vai funcionar em Salvador, onde antes funcionava a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam)
Fonte: Lucas Pereira
A primeira Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa (Decrin) da Bahia foi inaugurada nesta terça-feira (21), em Salvador. A unidade vai funcionar dentro do Centro Policial de Cidadania e Diversidade (CPCD), com foco em investigar e reprimir crimes de racismo e intolerância religiosa de forma complexa, atendendo especificidades como LGBTfobia e violências direcionadas a pessoas idosas.
A Delegacia irá funcionar no Engenho Velho de Brotas. Foto: Thuane Maria/Govba
A unidade está localizada no Engenho Velho de Brotas, onde antes funcionava a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Com atendimento 24h, todos os dias da semana, a delegacia contará com serviço de investigação, assistência social e psicologia, cartório, sala de reconhecimento e apoio integrado dos Núcleos Especializado de Atendimento à Mulher (Neam), de Combate aos Crimes Cibernéticos (Cyber), de Diversidade e da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati), que também atenderão na estrutura de segurança. No local também terá um posto SAC, com oferta de serviços de cidadania.
"Nesse Centro, vamos aglutinar diversos serviços para proteção dos grupos vulnerabilizados. Entendemos que a gente consegue vencer o preconceito através da difusão do conhecimento e do respeito às pessoas. E é que vamos fazer", disse a delegada-geral da Polícia Civil da Bahia (PC-BA), Heloísa Brito.
O governador Jerônimo Rodrigues também esteve presente na cerimônia de inauguração. “Agora temos mais um instrumento, inicialmente em Salvador mas, nos próximos 10 anos, vamos garantir que a intolerância religiosa seja banida do nosso estado. Preparamos nossas forças, tem muita competência nesse serviço. A gente vai trabalhar para zerar isso", frisou.
De acordo com dados da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), só em 2024 foram registrados 500 casos de racismo e 350 de intolerância religiosa na Bahia. Os números representam um aumento de 11% e 9%, respectivamente, na violência direcionada a pessoas negras ou de religiões de matrizes africanas e não cristãs.
Diversas autoridades públicas e religiosas participaram da inauguração. Foto:Thuane Maria GovBA
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