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"Kelly Cyclone": execução da "Kannariana" completa 10 anos sob muito mistério; relembre

Ostentando uma vida de armas no Orkut, Kelly já era conhecida por boa parte do público baiano e inspirava meninas como Carla Nadiele Moreira da Silva, a "Carlinha do Laço".

Por Da Redação

"Kelly Cyclone": execução da "Kannariana" completa 10 anos sob muito mistério; relembre Créditos da foto: arquivo pessoal

No colorido das camisas do Salvador Fest de 2011, uma roupa da seleção Argentina de futebol chamava a atenção. Vestida nela, uma mulher então com 21 anos curtia o show do ídolo e cantor Igor Kannário, da banda "A Bronkka".


A jovem não sabia, mas aquelas seriam suas últimas horas com vida. Mais tarde, a camisa branca e azul se misturava ao sangue, provocado por ferimentos a bala e faca no centro de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Morria ali, na madrugada do dia 18 de julho, Kelly Sales Silva, a "Kelly Cyclone". 


Ostentando uma vida de armas no Orkut, Kelly já era conhecida por boa parte do público baiano e inspirava meninas como Carla Nadiele Moreira da Silva, a "Carlinha do Laço", executada em 2015 na Fazenda Grande do Retiro.


Além disso, o sucesso da jovem - apelidada pela marca de roupas que sempre vestia -, era tanto que se ventilava, em 2011, a uma corrida eleitoral por uma cadeira na Câmara de Lauro de Freitas. Não deu tempo. 


Kelly estava a bordo de um carro quando foi esfaqueada e baleada, em circunstâncias até hoje não reveladas. Acabava ali a vida da mulher que, em pouco tempo, foi apelidada de "Patroa do Tráfico". Mas quem mandou matar a jovem? Hoje, 10 anos depois, o que aconteceu com eles? O que a Polícia Civil sabe sobre isso? São respostas abertas. 


O caso foi apurado pela 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas). Encontrados com drogas e armas, os irmãos Emerson Cosme Anjos dos Santos, então com 26 anos, e Ericson Anjos dos Santos, na época com 28, foram apontados no inquérito como autores do homicídio. Mas o envolvimento dos dois com o mundo das drogas - afinal ambos possuem passagens por tráfico de acordo com o sistema do MP da Bahia - não foi o suficiente para convencer o Tribunal de Justiça da Bahia ou até mesmo o Ministério Público, que pediu a absolvição. 


A motivação do assassinato também ainda é nebulosa. Na época em que pediu a prisão de Emerson e Ericson, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia disse que uma traição colocou Kelly no alvo do crime. A SSP ressaltou que a mulher teria traído seu namorado, um traficante apelidado de Tony - parceiro dos dois irmãos - com o filho de um policial. Mas nada foi comprovado oficialmente. 


Kelly foi homenageada pelo cantor Igor Kannário meses depois durante um show, disponível no YouTube. "Kelly Cyclone eternamente", grita o cantor sobre o palco. 



FAMÍLIA


Adriana dos Santos Silva também seguiu os passos contra a lei. Curiosamente morta no mês de julho, durante uma operação policial em 2016, a prima da "Patroa do Tráfico" estava junto com dois homens que, segundo a SSP, tinham relação com assaltos a banco. 


De acordo com a polícia, a troca de tiros ocorreu na BR-324 após uma perseguição motivada pela exposão do cofre de um banco em Guarajuba, em Camaçari. Na época, Adriana já cumprira pena por receptação. Os outros dois mortos foram identificados como Adeilton Gouveia da Silva e Edson Domingues Reis Machado. 


Adriana era esposa Nadson Jorge Silva Alves, ex-militar das forças armadas. Segundo informações da SSP, ele seria o fornecedor do armamento utilizado pela quadrilha e treinador dos integrantes da organização criminosa. Quando foi preso, prestou depoimento Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). 


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