Em julgamento, relator vota pelo impedimento de Lula nas eleições 2018

31/08/2018 22h52Atualizado em: 01/09/2018 02h35

Uol

O relator do caso do registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, entendeu que o ex-presidente Lula (PT) não está apto para concorrer ao pleito de 2018, durante julgamento que aconteceu na tarde desta sexta-feira (31/8), na sede do órgão. Lula foi condenado e preso em abril deste ano, acusado de praticar corrupção passiva e lavagem de dinheiro no que ficou conhecido como o “caso tríplex”.

A votação sobre a situação do petista aconteceu após o intervalo. Na primeira parte da sessão, o tribunal discutiu os registros de candidaturas dos presidenciáveis Eymael e Alckmin. Já no segundo momento, a defesa de Lula alegou que não teve tempo para se preparar para a sessão e pediu pelo adiamento do julgamento, mas o pedido não foi deferido. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a dizer que o pacto internacional de direitos civis e políticos não foi promulgado no Brasil e, por isso, não poderia ser utilizado pela defesa.

Além de Dodge, quem também teve a palavra, por 10 minutos, foi o representante da coligação ‘Brasil acima de tudo, Deus acima de todos’, Thiago Ayres, e um representante do Partido Novo. O ministro e relator Luís Roberto Barroso falou sobre os pedidos de impedimento da candidatura de Lula e enumerou os argumentos utilizados pela defesa do ex-presidente. Barroso votou contra o registro da candidatura do ex-presidente Lula.

Os advogados de defesa do petista alegaram Lula escolheu como técnica de defesa esperar a decisão de comitê da ONU e, se ela fosse negativa, recorreriam ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante explicação do que motivou seu voto, Barroso explicou que a lei da ficha limpa “foi fruto de grande mobilização popular em torno do aumento da moralidade e da probidade na política. Foi o início de um processo profundo e emocionante na sociedade de demanda por patriotismo?.

O resultado ainda não é definitivo, os demais ministros votam até que haja um resultado representativo para o órgão.

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