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Desaparecimento de Davi Fiuza completa cinco anos sem resposta: "Parece que não é cura"

Desaparecimento de Davi Fiuza completa cinco anos sem resposta: "Parece que não é cura"

Por Da Redação

Desaparecimento de Davi Fiuza completa cinco anos sem resposta: "Parece que não é cura"acervo pessoal

Nesta quinta-feira (24/10), completam cinco anos de desaparecimento do jovem Davi Fiuza. O adolescente de 16 anos desapareceu após uma abordagem policial no bairro de São Caetano e nunca mais foi encontrado.


O caso está sendo investigado pela militar, mas mesmo após tanto tempo, a mãe de Davi, Ruth Fiuza, ainda espera uma resposta. "[No dia] Eu recebi um telefonema da minha filha, dizendo que havia uma abordagem policial naquele local, mas eu achei que "quem n deve não teme" e não teria nada, mas até hoje esse 'nada' fica como uma interrogativa na minha mente", conta ela.


A mulher conta ainda que o dia 24 de outubro se tornou uma data "emblemática". "É um dia que parece que todas as feridas se abrem outra vez, é um dia de chagas profundas, em que parece que não há cura para isso. A minha cura é a luta", desabafa.


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De acordo com a mãe, nesses cinco anos após o desaparecimento, ainda não foram realizadas as oitivas, quando as testemunhas são ouvidas pelo delegado. Davi tinha saído de casa para visitar a namorada, quando foi levado por um grupo de estudantes da Polícia Militar. Nunca foi confirmado que o menino tenha algum envolvimento com o tráfico de drogas na região. 

 

"Acho que a questão não é nem o fato de ter envolvimento ou de não ter. Nós estamos em um país que não é aplicada a pena de morte, pelo menos juridicamente, [...] o que nós sabemos é que esta acontecendo um genocídio, um extermínio, da população pobre, periférica e negra. É preciso que, coletivamente, venhamos a falar sobre isso, para que a população venha a ter uma consciência de classe, de luta", diz ela.


A família de Ruth e Davi Fiuza segue na busca por justiça. "O que me aflige mesmo é saber que o meu filho, independente do que ele era ou de quem ele era, ele foi levado em uma abordagem policial naquele dia, em que estavam sendo formados 23 policiais militares, e que até o momento nos não sabemos o que aconteceu. Eu costumo dizer que talvez o meu filho foi levado para ensinar como é que mata, pra ele passar por um holocausto", revela a mãe.


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