Datafolha: maioria dos brasileiros discorda de Bolsonaro e não acha que armas deixa sociedade mais segura
Segundo o levantamento, 7 a cada 10 entrevistados, em média, não acreditam que uma sociedade armada seja mais segura.
A maioria dos brasileiros é contra o armamento da população. Isso é o que indica uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta terça-feira (31/5). Segundo o levantamento, 7 a cada 10 entrevistados, em média, não acreditam que uma sociedade armada seja mais segura.
De acordo com a pesquisa, 72% discordam da frase "a sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência". Nesse número, o percentual de discordância é ainda maior entre mulheres (78%), entre pessoas que se autodeclaram pretas (78%) e entre quem tem menor faixa de renda, de até dois salários mínimos (75%).
Já os grupos que concordam com essa relação entre porte de armas de fogo e maior proteção contra a violência são compostos brasileiros do sexo masculino (32%), da região Norte (33%) e com renda familiar de mais de dez salários mínimos (37%).
Sobre a ideia de que "é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas", a pesquisa também mostra que 7 a cada 10 entrevistados (71%) discordam. Mais uma vez, essa proporção é maior entre mulheres (77%) e pessoas que se autodeclaram pretas (78%), e entre jovens de 16 a 24 anos (75%).
Os grupos que mais concordam com tal facilitação são novamente homens (35%), pessoas da região Norte (34%) e aqueles com renda superior a dez salários mínimos (37%).
A maioria dos entrevistados (69%) também não concorda com a frase do presidente Jair Bolsonaro (PL), que diz que "o povo armado jamais vai ser escravizado". Essa rejeição é maior entre mulheres (73%), no Sudeste (73%) e entre pessoas autodeclaradas pretas (73%).
Em contrapartida, estão de acordo com a declaração 28% dos brasileiros, percentual que é maior na região Norte (40%), entre pessoas com renda superior a dez salários mínimos (41%) e entre empresários (52%).
A pesquisa ouviu 2.556 pessoas de 181 municípios do país nos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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