Cuidado! Acidente com bomba de sucção é principal causa de mortes de crianças que sabem nadar
Segundo especialista do Gmar, cerca de 25% dos afogamentos acontece após os pequenos serem sugados pelos ralos das piscinas.
Uma menina de 13 anos, que brincava na piscina na cidade de Água Branca, no Piauí, ficou presa no fundo da piscina por 2 minutos. O acidente aconteceu depois que os cabelos da adolescente foram sugados pelo ralo e gerou um alerta aos pais: segundo o Boletim de Afogamentos de 2021 da Sociedade Brasileira de Salvamento Áquatico (Sobrasa), a maior causa dos afogamentos em crianças que sabem nadar são relacionados com sucção da bomba.
Segundo o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (22/12) pelo Corpo de Bombeiros da Bahia, 49% dos afogamentos dos menores ocorrem em piscinas residenciais. No caso da garota piauiense, ela foi resgatada por pessoas que estavam presentes no momento do acidente, mas seus cabelos tiveram que ser cortados para que ela fosse libertada. As informações são do Portal Crescer.
O comandante do 13º Grupamento de Bombeiros Militar (Gmar), major Luciano dos Santos Alves diz que situações como estas podem ser evitadas, se medidas preventivas forem tomadas. “Devemos ter controle e cuidado com os ralos que são usados nas piscinas. A maioria das crianças, acho que 25% dos afogamentos de crianças que sabem nadar é em virtude de serem sugadas pelos ralos das piscinas”, falou oficial.
O bombeiro alerta que, a depender da força da bomba, até o corpo das crianças pode ficar preso no ralo. “A principal dica é a piscina não estar com o sistema de filtragem, com a bomba funcionando no horário de lazer. É importante estabelecer o horário para o funcionamento da filtragem para quando as crianças não estiverem tomando banho”, alertou o oficial.
Para o especialista, a melhor forma de evitar afogamentos do tipo é impedir o funcionamento do equipamento durante uso e utilizar ralos anti sucção.
ATENÇÃO
Além da implantação de ralos adequados para evitar a sucção e da atenção constante, o profissional apontou outros cuidados que devem adotados para prevenir as mortes infantis em piscinas, como o controle de acesso, presença guarda vidas e conhecimento básico de atendimento em urgência.
“Toda piscina deve ter o acesso de crianças controlado para impedir que elas possam nos surpreender”, enfatizou Luciano. Para proteger essas áreas, a Sobrasa indica grades ou cercas não escaláveis com cerca de 1,10 metro de altura, com trancas ou travamentos automáticos.
Já as piscinas públicas, seja de clubes, escolas ou associações, devem contar com profissionais guarda-vidas capacitados para executar procedimentos imediatamente.
O bombeiro lembrou também que os responsáveis devem ter cuidado e atenção, mesmo em piscinas próprias para o público infantil. “As pessoas costumam ficar atentas em ambientes de grandes profundidades, mas existem casos de ocorrências em espelhos d’água, bacias, baldes e até mesmo vasos sanitários, porque a criança não tem o mesmo equilíbrio que o adulto, então se ela perde o equilíbrio em ambiente aquático, tenta respirar e chega ao afogamento”, concluiu.
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