Como o lobo-terrível: Confira dinossauro baiano que poderia ser clonado
Potencial alvo de clonagem como o "lobo-terrível", o dinossauro baiano, batizado de "tietassauro" não era carnívoro e tinha estruturas semelhantes às aves
Por Lucas Pereira.
Após cientistas noticiarem uma espécie de felino, o “lobo-terrível”, extinta há mais de 12 mil anos, havia sido clonada e que três filhotes nasceram com as características do animal, internautas começaram a brincar com a possibilidade de que animais pré-históricos como mamutes, tigres-dente-de-sabre e outros podem ganhar vida no futuro. E se o Aratu On te contasse que há uma espécie de dinossauro originado na Bahia?
Apesar dos exemplos hollywoodianos, especialmente nos filmes de Steven Spielberg, o dinossauro baiano, batizado de “Tietasaura Derbyiana", em homenagem à “Tieta do Agreste”, personagem de Jorge Amado, não é tão assustadora.
Paleontólogos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) identificaram que o animal viveu Recôncavo Baiano, cerca de 130 milhões de anos atrás. O "Tietasaura" é a primeira espécie do grupo dos ornitísquios, uma ordem de dinossauros herbívoros, caracterizados pelo focinho em forma de bico e pela estrutura da pélvis que se assemelha à das aves.
Segundo o estudo da Uerj, publicado na revista científica "Historical Biology", os ossos foram coletados entre 1859 e 1906 e estão no Museu de História Natural de Londres. Mas, só agora, com a análise dos pesquisadores brasileiros, foi concluído que os fósseis são de uma espécie que não havia sido catalogada.
Lobo-Terrível
Realizada pela empresa norte-americana "Colossal Biosciences", o nascimento de três filhotes geneticamente modificados com características do lobo-terrível, é chamada pela empresa como a primeira tentativa bem-sucedida de "desextinção" de um animal.
O trabalho começou com a coleta de DNA do lobo-terrível a partir de duas amostras fósseis: um dente de aproximadamente 13 mil anos, encontrado em Ohio, e um fragmento de crânio datado de 72 mil anos, descoberto em Idaho, ambos nos Estados Unidos.
Com o material genético em mãos, os pesquisadores sequenciaram os genes da espécie extinta e iniciaram a comparação com o genoma de animais ainda existentes. A espécie mais próxima identificada foi o lobo-cinzento (Canis lupus), que habita principalmente regiões frias do Hemisfério Norte, como Canadá e Rússia.
A partir dessa análise, os cientistas identificaram quais genes eram compartilhados e quais diferiam entre os dois animais, além de determinar quais trechos do DNA estavam associados a traços físicos como porte, pelagem, formato da cabeça e vocalizações.
A gestação ocorreu de forma natural e, em 1º de outubro de 2024, nasceram os dois primeiros filhotes, batizados de Rômulo e Remo - referência à lenda romana dos irmãos criados por uma loba. A terceira filhote, Khaleesi, nasceu em janeiro de 2025. O nome homenageia a personagem Daenerys Targaryen, da série Game of Thrones.
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