Comissão de Ética abre processo contra Silvio Almeida; Lula indica demissão do ministro
Colegiado definiu por unanimidade pela investigação envolvendo ministro; exoneração deve ser anunciada nesta sexta-feira (6)
A abertura de investigação preliminar envolvendo o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, por assédio sexual, teve votação unânime, leva o titular da pasta a uma situação insustentável na Esplanada. A senha para a queda foi dada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta sexta-feira (6 de setembro), ao dizer que alguém que pratica assédio não vai ficar no governo.
Segundo apuração do SBT News, a demissão de Silvio Almeida é esperada ainda para a tarde desta sexta (6/9). Dentro do governo, a avaliação era a de que ele deveria ter pedido exoneração ainda na noite de quinta, sem usar a própria estrutura do ministério para se defender, dado o fato de que uma colega da Esplanada, Anielle Franco, está entre as supostas vítimas do assédio.
DENÚNCIA DE ASSÉDIO SEXUAL
Almeida foi denunciado por supostamente ter cometido assédio sexual contra mulheres. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles e confirmada pela organização Me Too Brasil, que atua em defesa de mulheres vítimas de violência. O ministro nega as acusações.
As denúncias foram levadas por mulheres à organização, que manteve o sigilo dos atendimentos e não divulgou os nomes das vítimas. A ONG confirma ter recebido relatos contra o ministro e que as denúncias apontam falta de apoio institucional em resposta ao suposto crime.
Após o caso vir à tona, Almeida rebateu as denúncias e citou o artigo 339 do Código Penal sobre "denunciação caluniosa": "Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício", finalizou.
Com informações do SBT News
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).