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Caso Joca: tutor pede para reabrir inquérito sobre morte do cão durante voo

Em outubro, Justiça alegou falta de elementos para provar que golden retriever foi vítima de maus-tratos e arquivou inquérito

Fonte: SBT News

Caso Joca: tutor pede para reabrir inquérito sobre morte do cão durante vooCréditos da foto: Reprodução/Redes Sociais

A defesa do tutor do cão Joca – que morreu durante voo da companhia aérea Gol –, João Fantazzini Júnior, recorreu à Justiça de São Paulo para que o inquérito que investiga a morte do animal seja reaberto.


O advogado Marcello Primo, que representa o tutor do golden retriever, pediu à Procuradoria-Geral de Justiça que reconsidere o inquérito criminal e aprofunde a investigação sobre a morte em abril deste ano.


No mês passado, o inquérito foi arquivado pela Justiça sob o argumento de falta de elementos para provar que o animal foi vítima de maus-tratos pelos funcionários da companhia aérea.


No entanto, a própria Polícia Civil de Guarulhos apontou que "houve efetivo erro no embarque do animal" e que a caixa em que o cachorro era transportado sofreu uma queda no Aeroporto de Fortaleza, o que pode também ter contribuído para a morte do animal.


A defesa do tutor alega ainda que o arquivamento pela Justiça ocorreu sem a análise das imagens de câmeras de segurança e de fotos apresentadas pelo funcionário responsável da retirada do animal no momento da chegada da aeronave no aeroporto de Fortaleza. “Tais elementos são fundamentais para averiguar se houve crime de maus-tratos, e sua ausência impede uma conclusão justa e embasada dos fatos”, disse Marcello Primo na petição.


RELEMBRE O CASO


João Fantazzini estava se mudando para o Mato Grosso e embarcou para Sinop com o intuito de chegar à cidade no mesmo horário que o cachorro. Ao desembarcar, foi informado pela Gol de que o animal havia sido levado por engano para Fortaleza.


A viagem, que deveria levar até duas horas e meia, demorou quase oito horas, contando o tempo em que Joca foi enviado de volta para São Paulo. Durante a espera, o cão ficou cerca de 1h30 na pista de embarque e desembarque, com temperatura de 36°C, e já chegou no destino sem vida.


Um laudo foi solicitado pela Universidade de São Paulo (USP), que indicou a morte do cão por choque cardiogênico – distúrbio circulatório associado à redução do rendimento cardíaco, quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente.


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