Bolsonaro fala sobre veto a Lei Paulo Gustavo e cita Rui Costa; "Vai investir o quê em cultura na Bahia?"
Bolsonaro ainda sugeriu que esse dinheiro, ao invés de ser investido em cultura, fosse direcionado para a compra de agrotóxicos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o governador Rui Costa (PT) ao comentar o seu veto contra a Lei Paulo Gustavo, em evento no Santuário de São Miguel Arcanjo, no Paraná, neste sábado (9/4). O projeto de lei previa a destinação de R$ 3,86 bilhões do cofre federal para o setor cultural e seu nome homenageava o humorista, morto em 2020 por conta da Covid-19.
O mandatário sugeriu que o governador não teria onde investir em cultura na Bahia. “Um artista, peixe obviamente, poderia pegar até R$10 milhões por ano. Eu baixei para R$ 1 milhão e Mário Frias para R$500 mil que é dinheiro para burro. Aí inventaram a Lei Paulo Gustavo dando R$ 4 bilhões para governadores aplicarem em cultura. Rui Costa vai investir o quê em cultura na Bahia? Para aqueles figurões, né, que ficaram fora da Lei Rouanet. Vetei!”, afirmou.
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, a proposta foi rejeitada por não se atrelar ao interesse público. A decisão também foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira (6/4). “Por ano, era R$ 1,5 bilhão com a lei Rouanet. Haja Cultura!”, ironizou.
Bolsonaro ainda sugeriu que esse dinheiro, ao invés de ser investido em cultura, fosse direcionado para a compra de agrotóxicos. "O mundo todo está em uma inflação muito grande de alimentos fruto da pós-pandemia, consequência do ‘fica em casa’ e, também, por causa da guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil desponta, no momento, como o melhor país para investimento. Lá fora, já começa o desabastecimento. Aqui, dado ao nosso agronegócio e a nossa política externa, porque nós fomos à Rússia conversar com o Putin e um dos assuntos tratados foi a questão dos fertilizantes, estamos prontos para recuperar o Brasil e tocar o barco”, afirmou .
A lei Paulo Gustavo, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA), indicava o repasse de R$ 2,79 do orçamento para o audiovisual. Já o restante R$ 1,06 seria utilizado para ações emergenciais no setor cultural. O valor seria custeado pelo Fundo Nacional de Cultura, do Orçamento da União, além de outras fontes que não foram detalhadas no texto. Agora, mesmo com a decisão do presidente, a Câmara ainda pode derrubar o veto.
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