Bahia tem o maior número de desempregados desde 2012 e lidera ranking de desocupação no país, aponta IBGE
De acordo com o IBGE, 1,386 milhão estavam desocupadas durante o primeiro trimestre deste ano, no estado. O número aumentou 6,9% em relação ao último trimestre do ano passado.
A Bahia atingiu o percentual de 21,3% de taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2021, chegando ao maior número para o estado desde 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).
O estado também lidera o ranking de maior taxa de desemprego no país, empatada com a verificada em Pernambuco (21,3%). Esse percentual fica bem acima do indicador nacional, que ficou em 14,7%, também um recorde histórico.
De acordo com o IBGE, 1,386 milhão estavam desocupadas durante o primeiro trimestre deste ano, no estado. O número aumentou 6,9% em relação ao último trimestre do ano passado (+90 mil desocupados) e 5,7% em relação ao primeiro trimestre de 2020 (+75 mil desocupados).
Ainda conforme o IBGE, o número de pessoas trabalhando, fosse em ocupações formais ou informais (população ocupada), voltou a cair no 1º trimestre de 2021, após ter registrado uma leve alta no fim do ano passado. Entre janeiro e março, os ocupados somaram 5,135 milhões no estado.
Isso representou menos 53 mil trabalhadores do que no quarto trimestre de 2020 (-1,0%) e uma retração de 9,9% frente ao primeiro trimestre do ano passado. Ou seja, em um ano de pandemia, 565 mil pessoas deixaram de trabalhar na Bahia. O aumento da taxa de desocupação também se deveu a um discreto movimento de retorno de parte das pessoas que estava fora da força de trabalho.
A população fora da força de trabalho no estado ficou em 5,847 milhões no primeiro trimestre de 2021, 0,9% menor que no fim de 2020 (-53 mil pessoas), mas ainda significativamente maior do que a verificada antes da pandemia (+16,2%), com mais 816 mil pessoas nessa condição, frente ao primeiro trimestre de 2020.
TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA
O levantamento do IBGE aponta que, se comparado ao mesmo período de 2020, no primeiro trimestre de 2021, o saldo no número de pessoas ocupadas na Bahia ficou negativo para todas as formas de inserção no mercado de trabalho, o que significa que, ao final do período, houve mais saídas do que entradas.
O saldo mais negativo foi verificado entre os empregados no setor privado com carteira assinada, que passaram de 1,462 milhão no primeiro trimestre de 2020 para 1,271 milhão no primeiro trimestre de 2021 (-192 mil pessoas ou -13,1%). Em seguida, vieram os trabalhadores domésticos sem carteira assinada, que passaram de 308 mil para 226 mil (-82 mil ou -26,7%, queda percentual mais profunda), nessa comparação anual.
Em comparação com o primeiro trimestre de 2021 e o quarto trimestre de 2020, apesar de, no total, a população ocupada ter se reduzido (-53 mil pessoas), houve discretos aumentos no número dos que trabalhavam por conta própria (de 1,574 milhão para 1,613 milhão, +38 mil ou +2,4%) e entre os empregados sem carteira assinada (de 886 mil para 894 mil, +8 mil ou +0,9%).
Dessa forma, o número de trabalhadores informais na Bahia teve um leve aumento entre o quarto trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, passando de 2,742 milhões para 2,762 milhões (+20 mil). No entanto, a variação não foi estatisticamente significativa, mostrando mais uma estabilidade nesse contingente de trabalhadores, que representavam 53,8% de toda a população ocupada no estado, nos três primeiros meses do ano.
Ainda assim, frente ao primeiro trimestre de 2020, quando somavam 3,016 milhões de trabalhadores, o número de informais na Bahia caiu 8,4%, com menos 254 mil pessoas trabalhando dessa forma no estado, em um ano.
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