Empresários que cobraram R$ 1,6 mil de artesã por uso do escudo do Vitória são presos

A empresa cujos suspeitos são sócios é contratada pelo Vitória para conter a venda de produtos não licenciados

Por Da Redação.

Empresários que cobraram R$ 1,6 mil de artesã por uso do escudo do Vitória são presosArquivo Pessoal

Dois empresários, uma mulher de 26 anos e um homem de 30, foram presos no início da tarde desta segunda-feira (30/9), na operação Verita Visus, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), cujo alvo é a empresa NoFake, sediada na cidade de Santos Dumont, suspeita de praticar extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com faturamento estimado de R$ 4 milhões.

A empresa é a mesma envolvida em uma polêmica que, no último mês de agosto, gerou um prejuízo de quase R$ 1.600,00 para uma microempreendedora do bairro de Pituaçu, em Salvador. No episódio, a NoFake, contratada pelo Esporte Clube Vitória para conter a venda de produtos não licenciados, exigiu o pagamento pelo uso da marca.

A microempreendedora havia anunciado em seu perfil nas redes sociais uma espécie de lembrancinha de aniversários, feita de caixa de papelão, com o escudo do Vitória, comercializada por R$1,60. Ela foi procurada pela empresa que cobrou o referido valor pelo fato de estar utilizando o escudo do time de futebol, e, após se negar a pagar, teve sua página na rede retirada do ar.

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COMO FUNCIONAVA O CRIME

[caption id="attachment_383756" align="alignnone" width="600"] Foto: Divulgação/PCMG[/caption]

De acordo com informações da PCMG, as investigações surgiram a partir de denúncias de delegacias de vários locais do país, informando que foram procuradas por vítimas que relataram terem sofrido extorsão pela referida empresa.

Após os relatos, as investigações apontaram que os sócios da empresa procuravam nas redes sociais por perfis que vendiam, supostamente, produtos falsificados e simulavam interesse para comprá-lo para obter mais informações sobre o vendedor.

Em seguida, outro setor da empresa fazia contato com o empreendedor para informar a pessoa que estava praticando crimes de violação de direitos intelectuais, exigindo um valor alto de pagamento, de acordo com a quantidade de seguidores, para um acordo extrajudicial.  Caso a pessoa não aceitasse pagar o valor, os suspeitos ameaçavam de registrar a ocorrência na delegacia.

Durante o cumprimento das buscas foram apreendidos computadores, celulares, notebooks, livros de registro, equipamento de informática e um veículo de luxo.

Os sócios foram presos em sua residência, sendo ambos encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.

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