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Ministro Silvio Almeida é acusado de assédio sexual e ministra Anielle Franco seria uma das vítimas

Ministra da Igualdade Racial relatou assédio a integrantes do governo

Por Da Redação

Ministro Silvio Almeida é acusado de assédio sexual e ministra Anielle Franco seria uma das vítimasFábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A organização Me Too Brasil afirmou o recebimento de denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. Entre as acusações, destaca-se a da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que teria relatado assédio de seu colega a membros do governo.
As vítimas, segundo a Me Too Brasil, foram atendidas através dos canais de atendimento da organização, recebendo acolhimento psicológico e jurídico. A entidade destacou as dificuldades enfrentadas por vítimas de violência sexual, especialmente quando os agressores ocupam posições de poder, em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias.
Em resposta, Silvio Almeida repudiou as acusações, classificando-as como "mentiras" e "ilações" sem materialidade. O ministro afirmou que as denúncias têm o objetivo de prejudicá-lo e bloquear seu futuro político. Almeida também destacou que todas as denúncias devem ser investigadas com rigor, mas com base em fatos concretos.
O caso, que foi inicialmente divulgado pelo portal Metrópoles, trouxe à tona pelo menos quatro casos de assédio sexual e dez de assédio moral contra Almeida no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. O ministro, por sua vez, alegou ser vítima de perseguição dentro do governo desde o início de sua gestão.
A situação levanta questões sobre o apoio institucional às vítimas e a necessidade de investigação cuidadosa das acusações, conforme enfatizado por Almeida, que se comprometeu a encaminhar ofícios para a Controladoria-Geral da União, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República para apuração do caso.
Veja a integra da nota do ministro Silvio Almeida:
Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.
Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.
Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.
Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso.
As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram “denunciação caluniosa”. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias.
Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício.
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