Supermercados na Bahia restringem venda de arroz devido a enchentes no Rio Grande do Sul

Diante deste cenário, o governo federal articula Medida Provisória para conter aumentos abusivos no preço do arroz

Por Matheus Caldas.

Supermercados na Bahia restringem venda de arroz devido a enchentes no Rio Grande do SulMarcelo Camargo/Agência Brasil
A tragédia decorrente das enchentes que atingem Rio Grande do Sul começa a causar impactos no restante do Brasil. Na Bahia, supermercados passaram a restringir a compra de arroz, cuja produção nacional é feita em 70% em território gaúcho. Conforme registros obtidos pela reportagem do Grupo Aratu, estabelecimentos de atacado e varejo de Salvador, como Atacadão e Assaí, limitam a venda do insumo em até 50 pacotes por pessoa. No Atakarejo, a orientação é que a venda seja de até 30 pacotes. A rede varejista Hiperideal, segundo apurou o Aratu On, não promoveu restrições até o momento. O Aratu On conversou com representantes de supermercados de Salvador. Em condição de anonimato, as fontes apontaram sinalização dos fornecedores gaúchos de que haverá escassez da produção de arroz. A reportagem tentou contato com representantes da Associação Baiana de Supermercados (ABASE) , mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. Em entrevista concedida na última terça-feira (7/5), a veículos de imprensa, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, criticou a exploração econômica da tragédia e declarou que “o inferno está ficando pequeno”. “Gente fazer especulação financeira num momento como esse, Deus tem que dar o tratamento”, lamentou. As falas de Fávaro se referem a relatos de aumentos abusivos no preço do arroz em função do indicativo de escassez. Diante deste cenário, o governo federal articula Medida Provisória para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) compre 1 milhão de toneladas do produto, a fim de conter o aumento do valor. “O primeiro momento é evitar desabastecimento e especulação. Vocês viram alguns casos de gente vendendo água potável por R$ 30 o galão”, reclamou. Na última quinta-feira (9/5), em entrevista ao podcast “De onde vem o que como”, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, assegurou: “o arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país”. De acordo com o dirigente, o estado tem arroz para abastecer o mercado interno por, no mínimo, 10 meses. “Talvez possa faltar alguma coisa no final, quando nós já estivermos com uma nova safra em cena”, reforçou. https://twitter.com/aratuonline/status/1788949713208672517

ESTRAGO DAS ENCHENTES

O Rio Grande do Sul contabiliza quase 70 mil pessoas acolhidas temporariamente em abrigos, porque foram forçadas a sair de suas residências devido às fortes chuvas que caem no estado desde 29 de abril. O dado consta no boletim da Defesa Civil estadual atualizado às 9h desta sexta-feira (10), que aponta 113 mortes em decorrência dos eventos naturais extremos. O documento mostra também que 337.116 pessoas estão desalojadas em todo o estado. Além disso, o número de municípios gaúchos afetados pelos temporais chega a 435, o que representa 87,5% do total do estado (497). LEIA MAIS: Mulher é presa após matar companheiro a facadas em Feira de Santana Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo.

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.