Jerônimo convoca representantes dos poderes públicos para discutir conflito em Potiraguá
Segundo a SSP, dois homens apontados como suspeitos foram apresentados em Itapetinga
Depois dos acontecimentos do último domingo (21/1), quando um conflito de terras resultou na morte de uma indígena pataxó em Potiraguá, no sudoeste da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues reuniu representantes dos poderes e órgãos públicos do estado para apresentar soluções pacíficas que levem a regulamentação fundiária dos povos tradicionais.
“Nos reunimos para tratar da situação do acontecido com a morte de uma indígena, mas, também, para frear qualquer tipo de violência contra povos e comunidades tradicionais. Vamos nivelar as ações de cada um, manter a autonomia de cada órgão aqui presente, mas aqui saímos com um grupo de trabalho para que possamos apresentar de forma coletiva ações individuais, mas que nos unificam em prol da defesa do direito e da constituição”, afirmou o governador na ocasião.
Frisando o trabalho conjunto com o Governo Federal, Jerônimo reforçou a presença da ministra Sônia Guajajara na Bahia. “Guajajara está em território baiano com os nossos secretários, com as forças que aqui estão e naturalmente faremos um trabalho unificado para garantir o direito e que a justiça seja executada pelos órgãos competentes”, completou.
Participaram da reunião o desembargador Lidivaldo Brito, presidente da Comissão Permanente de Igualdade, Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos do Tribunal de Justiça da Bahia; Norma Cavalcanti, procuradora-geral de Justiça do MP-BA; Flávio Albergaria, superintendente regional da Polícia Federal da Bahia; Firmiane Venâncio, defensora-geral da Defensoria Pública do Estado, e Pedro Maia, procurador do MP-BA.
ENTENDA O CASO
No último domingo (21/1), um grupo de fazendeiros do grupo Invasão Zero entrou em conflito com cerca de 50 indígenas que ocupavam uma fazenda na região de Potiraguá desde a última quinta-feira (18/1). A região é alvo de disputa há mais de 20 anos, com acusações de que a área é historicamente ocupada pela etnia pataxó. Entretanto a fazenda está fora dos 54 mil hectares já demarcados como reserva.
Na ocasião, Maria de Fátima Muniz - conhecida como Nega Pataxó e uma das lideranças do grupo indígena - foi baleada e morreu. Já o cacique Nailton Pataxó - irmão de Nega Pataxó - também foi baleado e encaminhado para cirurgia.
Segundo a Secretaria de Segurança Público do Estado da Bahia (SSP), dois homens apontados como integrantes do Invasão Zero foram apreendidos com duas pistolas, dois revólveres, carregadores e munições e foram apresentados na Delegacia Territorial (DT) de Itapetinga.
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