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Quadrilha integrada por dono de barraca em praia de Lauro é novamente alvo da PF; grupo pagava R$ 20 mil a "mulas"

Quadrilha integrada por dono de barraca em praia de Lauro é novamente alvo da PF; grupo pagava R$ 20 mil a "mulas"

Por Da Redação

Quadrilha integrada por dono de barraca em praia de Lauro é novamente alvo da PF; grupo pagava R$ 20 mil a "mulas"divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12/8), a segunda fase da "Operação Olossá", com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação sobre organização criminosa especializada no tráfico internacional de entorpecentes pelo modal aéreo, especialmente para Europa e Ásia, com a utilização de “mulas”, que transportavam o entorpecente escondido em suas bagagens.


A investigação teve início em maio de 2019, a partir do aprofundamento de informações recebidas pelo serviço de Disque Denúncia da Secretária de Segurança Pública da Bahia. Na ocasião, identificou-se que o proprietário de uma barraca de praia em Lauro de Freitas usava o estabelecimento para aliciar as “mulas”, sendo ele o principal integrante da organização criminosa nessa função. Era ele, também, quem providenciava as passagens, documentos e dinheiro para o custeio da viagem.


Segundo a PF, apurou-se que cada pessoa que realizava a viagem recebia em torno de R$ 20 mil no caso de êxito no transporte da droga, e cada transporte realizado poderia gerar um lucro para organização criminosa de quase meio milhão de reais. Durante a investigação, dez pessoas foram presas em flagrante quando tentavam embarcar para o exterior com cocaína escondida em suas bagagens em aeroportos da Bahia, de São Paulo, de Pernambuco, do Ceará e do Paraná. Além delas, outras três pessoas foram presas quando efetuavam a entrega de malas já preparadas com a droga. 


Em março, foi deflagrada a primeira fase da operação sendo cumpridos quatro mandados de busca e cinco mandados de prisão nas cidades de Salvador e Ipiaú, na Bahia, e Ananindeua, no Pará. A partir da análise do material apreendido na primeira fase, conseguiu-se identificar a liderança e integrantes do primeiro escalão da organização criminosa investigada, inclusive de pessoas que iniciaram como “mulas” e assumiram outros postos no esquema criminoso, mudando-se para o exterior para recepcionar os viajantes que chegavam do Brasil transportando a droga.


Nesta quarta-feira (12/8), estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão nos Estados da Bahia (Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Coité), Sergipe, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina. Entre os mandados de prisão, três estão sendo cumpridos no exterior, com o auxílio da INTERPOL; dois na Espanha e um na Tailândia. Os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.




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