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Entidade não descarta greve de PM a partir desta quarta; "revolta maior que em 2014"

Entidade não descarta greve de PM a partir desta quarta; "revolta maior que em 2014"

Por Diorgenes Xavier

Entidade não descarta greve de PM a partir desta quarta; "revolta maior que em 2014"Fábio Gomes/TV Aratu

Uma assembleia de policiais militares baianos, promovida pela Associação de Praças da PM (Aspra) pode decidir, nesta quarta-feira (11/9), pela ocorrência de mais uma greve da tropa. Em pauta, estão antigas reivindicações.

"Existe uma lei estadual que, desde 2001, não é cumprida pelo governo", ressaltou o coordenador da Aspra e deputado estadual, Soldado Prisco. Dois acordos, segundo ele, já foram realizados anteriormente sem o cumprimento da gestão estadual.

De acordo com Prisco, entre os pontos discutidos até então não atendidos estão os pagamentos de periculosidade e insalubridade, a reforma do estatuto e o plano de carreira dos policiais militares. "Vamos negociar com a categoria, [na quarta-feira], para ver se tem como esticar, ou não, as negociações", comentou. A assembleia acontece às 15h no Clube Adelba, no bairro de Patamares. 

Por se tratar de reivindicações discutidas em diferentes ocasiões, o coordenador da Aspra diz que o momento atual, para a categoria, é próximo daquele que acabou deflagrando uma paralisação das atividades em 2014. Naquele ano foram três dias de greve. 

Para este ano, o deputado não descarta nem confirma a possibilidade de greve. "É uma incógnita! Não posso dizer que vai ter ou não. A assembleia é majoritária e soberana. O desgaste hoje é pior do que em 2012 e 2014. A revolta é muito maior e não é somente dos praças. Os oficiais, basicamente, tirando o alto escalão, todos estão revoltados", frisou.

A reportagem do Aratu On pediu um posicionamento da entidade que representa os oficiais da Polícia Militar da Bahia, a Força Invicta, mas até a publicação desta reportagem o grupo não tinha se pronunciado sobre a assembleia da Aspra. 

O representante dos PMs, que já chegou a falar do tema no plenário da Assembleia Legislativa, reforça que não é dos seu interesse, tampouco da tropa, que aconteça uma paralisação e espera que o governo do estado esteja disposto a dialogar sobre a situação. Prisco ressalta que a categoria é a única entre os servidores públicos baianos que não recebe insalubridade e periculosidade.

"A gente vai aguardar até o final da assembleia, na expectativa de que chegue alguma proposta de negociação por parte do governo do estado", declarou, com a expectativa de que um novo acordo possa acontecer. 

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