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“Criou nova história”, diz defesa de dono de restaurante sobre nova versão de funcionário

“Criou nova história”, diz defesa de dono de restaurante sobre nova versão de funcionário

Por Juana Castro

“Criou nova história”, diz defesa de dono de restaurante sobre nova versão de funcionárioReprodução

A defesa do chef de cozinha e dono do Restaurante Paraíso Tropical, no Cabula, Luiz Gilberto Pimentel, mais conhecido como Beto Pimentel, disse que o ex-funcionário do estabelecimento, Fabilson do Nascimento Silva, “criou nova história” sobre a morte do adolescente Guilherme Santos Pereira da Silva, de 17 anos, em abril deste ano, que coloca o proprietário na cena do crime.


Ao Aratu Online, o advogado Alano Frank falou que o depoimento “não condiz com a realidade” e que a situação é “atípica”, visto que Fabilson já estava preso quando deu a nova declaração. “Logo depois dos fatos, Fabilson conversou com Beto, que o orientou a se entregar, porque entendia que o tiro disparado não foi para matar, mas, sim, para se defender da invasão à propriedade”, disse Frank.


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Ele pontuou, ainda, que o chef colaborou com as investigações e, mesmo sendo ameaçado de morte, continuou morando no mesmo local, onde o restaurante funciona. Segundo Alano Frank, seu cliente prestou três depoimentos, abriu o restaurante para fazerem a reconstituição do crime, da qual participou, fez prova de pólvora combusta e não tentou fugir.


“[O depoimento de Fabilson] é uma versão unilateral e não pode ser tida como prova, mas o Ministério Público estadual (MP-BA) fez o papel dele de ouvir”, afirmou o advogado, que disse também ter ficado “incrédulo” com o pedido de prisão preventiva de Pimentel – o que foi negado pela juíza Andrea Sarmento Netto, no entanto, ele não pode se ausentar de Salvador sem autorização prévia.


“Ele [Gilberto] não participou de nada disso e temos plena convicção de que tudo será esclarecido na justiça”, concluiu. Sofre o oferecimento da denúncia contra o empresário pelo MP-BA, Frank relatou que eles ainda nem foram intimados.


VÍDEO



ENTENDA


Guilherme foi morto a tiros e outros amigos coletavam frutas em uma região conhecida como ?roça?, próxima ao portão que dá acesso aos fundos do Restaurante Paraíso Tropical, quando foi atingido na cabeça por disparo de arma de fogo. Em agosto, o ex-funcionário do estabelecimento, Fabilson Silva, foi preso e alegou, na ocasião, que o tiro foi acidental.


Porém, nesta terça-feira (28/11), o MP-BA denunciou também o dono do restaurante e Antônio Santos Batista por envolvimento no homicídio.


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Pimentel e Fabilson foram denunciados por homicídio qualificado, por motivo fútil e mediante emboscada (art. 121, parágrafo 2º, incisos II e IV, do Código Penal), e por ocultação de cadáver (Art. 211 c/c arts. 29 e 69 do Código Penal). Antônio Batista responde à denúncia por auxiliar os dois primeiros na ocultação do corpo do adolescente. O dono do restaurante ainda foi denunciado por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, pois não possuía autorização para portá-la e nem o respectivo registro (art. 12 da Lei nº 10.826/03).


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*Publicada originalmente às 21h42 (29/11)


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