Salvador permanece em estado de alerta para ocorrência de uma epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya. A afirmação é baseada no Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 3 e 7 de outubro. Segundo o documento , o Índice de Infestação Predial (IIP) na capital passou de 1,4% (março/2016) para 2,3%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, cerca de dois apresentaram focos do mosquito.
O estudo revelou ainda que os depósitos preferenciais estão dentro dos domicílios como vasos e pratos de plantas e bebedouros de animais. “Não podemos perder o foco. O combate a dengue é contínuo. Nos últimos dois levantamentos conseguimos obter redução histórica dos indicadores de infestação e agora esse percentual voltou a apresentar crescimento. Precisamos que a população continue atuando de mãos dadas com o poder público para evitar a proliferação do mosquito em nossa cidade”, pontuou José Antonio Rodrigues Alves, secretário municipal da Saúde.
Para o enfrentamento das arboviroses, a Prefeitura da capital baiana retomou nesse semana os “faxinaços” por toda a cidade com o objetivo de eliminar focos e criadouros dos vetores.
“Estamos mantendo as ações de rotina como os mutirões de limpeza nos bairros prioritários, em parceria com a Limpurb, e a abertura de imóveis fechados ou abandonados conjuntamente com a Guarda Municipal. Nessa mobilização, intensificamos as visitas casa a casa, além de trabalhos de manejo ambiental, limpeza, remoção e descarte de lixo ou quaisquer outros materiais que possam se tornar criadouros nessas localidades”, afirmou a doutora Isabel Guimarães, subcoordenadora de Vigilância à Saúde.
Dados –
Apesar do aumento da infestação do mosquito apresentado pelo LIRAa, Salvador obteve uma redução significativa dos casos de arboviroses. De janeiro a outubro de 2016, a capital baiana registrou 329 casos de dengue, enquanto no mesmo período do ano passado, foram confirmadas 1.640 pessoas infectadas.
Este ano a Vigilância Epidemiológica da SMS notificou ainda 644 ocorrências de zika vírus, enquanto nos primeiros dez meses de 2015 foram registrados cerca de 17 mil casos suspeitos do agravo. No caso da chikungunya, a Prefeitura contabiliza 100 casos este ano. Em 2015 esse número era de 171 ocorrências.
Fonte: Da redação