Novato no Senado, Roberto Muniz avalia processo de impeachment de Dilma: ?Ainda não tenho posição definida?

O senador Roberto Muniz (PP-BA), é uma das mais novas peças a compor o tabuleiro que deve definir, nos próximos dias, o futuro da presidenta Dilma Rousseff no processo de impeachment que a afastou do cargo mais importante da República.

Em entrevista ao Aratu Online ele, que tomou posse no dia 7 deste mês em substituição ao então senador Walter Pinheiro, que assumiu a secretaria de Educação da Bahia, disse que ainda é cedo para apresentar uma decisão sobre o tema.

?Ainda não tenho posição definida. O trabalho da comissão de impeachment ainda está em andamento. Estão acontecendo as oitivas, diversos pareces técnicos estão sendo realizados. No momento certo, apresentarei o meu voto?.

Muniz esclareceu também que a decisão de Dilma de dar início a um governo de transição, caso retorne ao cargo, não irá interferir no seu voto. ?Esta é uma avaliação que deve ser feita pela sociedade (sobre novas eleições diretas antes de 2018). Contudo, é importante esclarecer que são questões paralelas. O voto sobre o processo é uma coisa, o que a presidenta fará a partir daí, é uma decisão pessoal?.

Nos trabalhos realizados pela Comissão de Impeachment do Senado, as últimas testemunhas de defesa de Dilma serão ouvidas nesta semana. Encerrada esta etapa, começa a contar o prazo de 48 horas para os assistentes de defesa e acusação entregarem suas versões sobre a perícia.

Se tudo ocorrer como planejado, na próxima semana será possível realizar audiência com todos os envolvidos no trabalho. Dele, surgirá o processo final, que embasará o julgamento presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Na votação, que será realizada no plenário do Senado e ainda não tem data definida, Dilma só será definitivamente afastada se aqueles que optarem por sua saída representarem 2/3 dos 81 senadores, ou seja, 54 votos.