Rebaixados, Bahia e Vitória decepcionam na era dos pontos corridos
Rebaixados, Bahia e Vitória decepcionam na era dos pontos corridos
Editoria de Arte/Aratu Online
Rebaixados no Campeonato Brasileiro de 2014, Bahia e Vitória têm, desde o início da era dos pontos corridos, decepcionado os fanáticos torcedores que acompanham os times. Uma rápida análise no histórico das equipes a partir de 2003, quando a fórmula teve início, mostra que ambos têm sido mero figurantes na competição e lutado, ano após ano para, no máximo, se manter na elite do futebol nacional.
O Tricolor foi o primeiro a sentir o gosto da série B. Na primeira edição dos pontos corridos, quando 24 clubes disputaram o campeonato, terminou a competição em último lugar, com 46 pontos. Lá permaneceu até 2005, quando foi novamente rebaixado, desta vez para a série C, de onde só conseguiu retornar no campeonato de 2007. Permaneceu na segunda até o final de 2010, quando, após anos no purgatório, voltou à elite nacional em 2011.
Com o principal rival, o Vitória, a história não foi muito diferente. O rubro-negro baiano caiu para segunda divisão em 2004. Foi rebaixado no ano seguinte para a série C, junto com o rival, protagonizando um dos maiores vexames da história do futebol baiano. Voltou à segunda no ano seguinte e retornou à elite em 2007, de onde, foi novamente rebaixado em 2010. O Leão só conseguiu voltar ao lugar de honra do futebol nacional em 2012. No ano seguinte, terminou em quinto lugar, registrando um dos poucos momentos de destaque das equipes no cenário nacional.
Marcados por uma história política distinta nos últimos anos, os rivais, no final das contas, acabaram por encenar uma história com final semelhante em 2014. Enquanto o Bahia passou por um processo de abertura política em 2013, com deposição do presidente Marcelo Guimarães Filho, e democratização das eleições, que agora são diretas e com participação dos sócios, o Vitória tem, nos últimos anos, visto o controle do clube nas mãos de um mesmo grupo político, que se reveza no poder.
Contudo, nem caminhos aparentemente tão distintos parecem ter sido capazes de evitar um mesmo final. Resta agora, aos torcedores de ambas as equipes, sonhar para que mais esse rebaixamento seja o início de uma revolução administrativa e profissional, e para que a história dos clubes nos próximos anos faça jus à devoção e amor dos fanáticos que os acompanham de forma tão apaixonada.