Guto Ferreira dedica 10 minutos para criticar torcida do Bahia após derrota; "quem vamos trazer? O lateral do Liverpool?"
”Daqui a pouco, se cada um que tiver um erro for vaiado da maneira que está sendo e eu tiver que poupar, nós não vamos ter time para terminar o campeonato”, afirmou o treinador.
Após derrota em casa, de virada, para o Athletico-PR nesta quarta-feira (22/6), pela Copa do Brasil, o técnico do Bahia, Guto Ferreira, saiu em defesa do elenco e criticou a cobrança de parte da torcida, que vaiou o time durante o jogo. O comandante dedicou 10 dos 27 minutos de coletiva para insistir no assunto.
“Nós não estamos jogando contra qualquer equipe. Nós estamos jogando contra o terceiro [colocado] do Brasileiro da Série A, classificado na Libertadores para a próxima fase. Nós fizemos um jogo de igual para igual, com uma equipe que você não pode errar”, começou o treinador.
Sobre o lance do gol da virada paranaense, em que o lateral-esquerdo Luiz Henrique acaba escorregando, o treinador classificou como uma “infelicidade”. Para Guto, as vaias estão afetando psicologicamente o grupo todo.
“Infelizmente, nós continuamos tendo a cada erro uma situação lamentável, onde, através das vaias, parte da torcida acaba tirando toda credibilidade, não só daquele jogador que errou, como do grupo também. [...] Então, quem faz isso, não veio torcer para o Bahia, veio torcer para si próprio, porque torcer para um time que está vencendo é muito fácil'.
Sobre as vaias ao lateral-direito Douglas Borel, de 19 anos, o técnico também criticou a pressão da torcida. “O menino tem 19 para 20 anos, é um ativo do clube. É um jogador que se abrir a boca, tem muitos clubes que querem. Quem que nós vamos trazer aqui? O lateral do Liverpool, é isso?”, disparou.
Insistindo no assunto, Ferreira ainda deu exemplo de laterais da Seleção que, se jogassem no Bahia, seriam desapoiados. “O Bahia tem bons laterais. Se trouxer o Roberto Carlos, no auge, e ele errar, a torcida vai vaiar também. O Daniel [Alves], no auge, também vai ser vaiado. O problema não são os laterais, o problema é o apoio".
O tema seguiu em pauta durante a coletiva, e “Gordiola” se mostrou muito incomodado com a insistente cobrança de parte da torcida Tricolor. ”Daqui a pouco, se cada um que tiver um erro for vaiado da maneira que está sendo e eu tiver que poupar, nós não vamos ter time para terminar o campeonato”, afirmou.
O jogo da volta será no Paraná, no dia 12 de julho. Como a Copa do Brasil não tem o critério do gol fora de casa, o Tricolor precisa ganhar por um gol de diferença para levar a disputa para as penalidades e dois gols para avançar para as semi-finais da competição.
O Bahia volta à campo no sábado (25/6), contra o Novorizontino, pela Série B. O jogo será às 16h, na Fonte Nova.
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