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Após proibição do MP-BA, clássico Ba-Vi volta a ter presença de tricolores e rubro-negros

Após proibição do MP-BA, clássico Ba-Vi volta a ter presença de tricolores e rubro-negros

Por Diego Adans

Após proibição do MP-BA, clássico Ba-Vi volta a ter presença de tricolores e rubro-negrosreprodução / Imagem Ilustrativa

“Reencontro”…


É a palavra que melhor define o Ba-Vi deste domingo (18/2), às 16h, no Barradão. E não é por menos. Após seis clássicos com torcida única em 2017, o primeiro duelo – entre tricolores e rubro-negros este ano – terá novamente a alegria e a presença das duas torcidas. A decisão do Ministério Público do Estado foi comemorada por muitos na última semana, quando o promotor Olímpio Campinho confirmou que não recomendaria a manutenção da torcida única no estádio rubro-negro.


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A ‘novidade’ na partida válida pela sexta rodada do Campeonato Baiano foi bastante comemorada por integrantes das duas equipes. Afinal, para o técnico Vagner Mancini “seria retrocesso Ba-Vi só com uma torcida, assim como todos os clássicos do Brasil”.


Mancini orienta seus comandados para o primeiro clássico do ano. Foto: Maurícia da Mata / Divulgação / EC. Vitória


“Quando você tira a possibilidade do cidadão de ir ver o seu time jogar, tem que repensar onde vive, as leis que regem o seu país. Fico feliz de saber que as duas torcidas estarão aqui. Espero que as duas torcidas façam a festa. Que seja um jogo sem violência, bem jogado”, afirmou o técnico Vagner Mancini logo após o triunfo rubro-negro (2×0) sobre o Corumbaense-MT , em partida válida pela Copa do Brasil.


Do lado tricolor, o o zagueiro Tiago afirmou que não sabia da torcida mista, mas festejou quando soube da notícia. “A gente esperava que fosse torcida única. É muito ter a torcida apoiando, não só os 23 guerreiros, mas ter também o apoio do torcedor. É interessante, importante. É a essência do futebol”, disse.


No ano passado, o MP-BA recomendou torcida única no clássico após confusões registradas no primeiro Ba-Vi do ano, promovido no dia 9 de abril. O trâmite prosseguiu por mais cinco clássicos (no Baianão, Copa do Nordeste e Brasileiro).


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“A provocação fora de campo sempre rola, dentro de um contexto de paz e tranquilidade, que fique só na provocação, não deixar que interfira… Que não tenham brigas fora de campo. Isso vai servir para que os próximos Ba-Vi’s continuem com torcida mista, porque, com certeza, quando tem apenas uma torcida fica muito menos importante”, defendeu o capitão tricolor.


Para o Bahia, o clássico pode ser ainda mais emblemático. Afinal, a equipe está em 5º lugar no estadual, com oito pontos, fora do grupo dos quatro times que se classificam para as semifinais. Um triunfo contra o Vitória (2º colocado com 10), automaticamente, colocaria o tricolor no G-4 e assim aliviaria a pressão que existe sobre Guto Ferreira. Após seu retorno ao comando do time, o técnico- que pode, inclusive cair a depender do resultado -,  ostenta números nem um pouco convincentes. Até agora, em sete partidas, somou apenas três triunfos, dois empates e duas derrotas. Desempenho de apenas 38 %.


FIM DA ESCRITA?


Não bastasse a importância do triunfo para o certame estadual, o Bahia tenta findar um incômodo tabu neste domingo. Isto porque, o time azul, vermelho e branco não vence um clássico no Barradão desde 2011. Ao todo, são 6 anos e nove meses sem vencer o Vitória no estádio do rival. A última vez que o Tricolor levou a vantagem foi no dia 1º de maio de 2011, por 3 a 2. Desde então, o máximo que o Bahia conseguiu foram empates.


“Cada clássico tem uma história e temos essa oportunidade de quebrar esse jejum. Espero sair de lá com os três pontos e que esse ano de 2018 a gente possa quebrar esse jejum para ter tranquilidade”, afirmou o atacante tricolor, Edigar Junio. Curiosamente, o artilheiro do Esquadrão na temporada de 2017 – com 15 gols marcados em 40 partidas disputadas -, ainda não conseguiu balançar as redes neste ano, apesar de já ter tido uma penalidade para cobrar.


Relembre os últimos clássicos no Barradão:


02/07/2017 – Vitória 0x0 Bahia – Brasileirão

07/05/2017 – Vitória 0x0 Bahia – Baiano – Final

27/04/2017 – Vitória 2×1 Bahia – Nordeste – Semifinal

01/05/2016 – Vitória 2×0 Bahia – Baiano – Final

04/07/2015 – Vitória 4×1 Bahia – Série B

01/03/2015 – Vitória 1×1 Bahia – Baiano

19/05/2013 – Vitória 1×1 Bahia – Baiano – Final

06/05/2012 – Vitória 0x0 Bahia – Baiano – Final

18/03/2012 – Vitória 3×2 Bahia – Baiano

01/05/2011 – Vitória 2×3 Bahia – Baiano


ESCALAÇÃO


Do lado rubro-negro, o técnico Vagner Mancini confessou que a maratona de jogos pode ser um fato prejudicial à sua equipe. Ele, inclusive, revelou que, “em determinado momento do triunfo sobre o Corumbaense-MT”, seus comandados ‘puxaram o freio de mão’.


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“Quando a gente fez gol, deu para tirar o pé, dar uma esfriada inteligente no jogo. Lógico que você jogando na quinta está mais desgastado. Não quer dizer que domingo a gente vai sentir mais o cansaço, vai depender da pré-temporada. Mas o ideal era que a gente ficasse descansando”.


Para o Ba-Vi, o mistério em relação ao time titular está mantido. “Nós não temos muito o que mudar (em relação ao time)”. Se mantiver o discurso, o Leão vai a campo com: Fernando Miguel; Marques, Kanu, Bruno e Bryan; Uillian Correia, José Welison (Ramon), Rhayner (Denilson), Yago e Neílton; André Lima. No ano, o Vitória tem nove jogos disputados, com sete triunfos e um empate.


Guto Ferreira sabe que um insucesso pode definir seu destino no Bahia. Foto: Divulgação / Felipe Oliveira / EC.Bahia


Já Guto Ferreira tem em seu benefício o ‘fator descanso’. Foram 11 dias sem atuar até o Ba-Vi de hoje. Durante toda semana, o treinador orientou seus atletas e num coletivo tático, mostrou que ‘vai para cima do arquirrival’. Pressionado, Guto deve mandar a campo o time no 4-1-4-1, da seguinte forma: Douglas; Nino, Tiago, Lucas e Eugenio Mena; Gregore; Vinícius, Zé Rafael, Élber e Edigar Junior; Kayke. Agora é esperar para ver…


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