Saiba quem é o baiano Aílton Aquino, primeiro negro a ocupar uma diretoria do Banco Central
Aílton é funcionário de carreira e seu bom desempenho, ao longo de mais de 25 anos, lhe credenciou ao acúmulo de uma vasta experiência.
Créditos da foto: Pedro França/Agência Senado
Indicado pelo presidente Lula e aprovado pelo Senado Federal, o baiano Aílton Aquino, de 48 anos, vai assumir a Diretoria de Fiscalização do Banco Central do Brasil e será o primeiro negro a ocupar um cargo do mais alto escalão da instituição.
Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e em Direito pelo Centro de Ensino Unificado do Distrito Federal (UDF), Aquino chega ao BC juntamente com Gabriel Galípolo, futuro diretor de Política Monetária, ambos sabatinados, ontem (4/7), pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e submetidos à confirmação de votação do Plenário da Casa.
Logo após saber da sua aprovação, o baiano de Jequié, cidade a 367 km de Salvador, concordou em bater um papo exclusivo com a reportagem do Aratu On. Naturalmente, feliz pela indicação, Aquino comentou a importância de um negro ter chegado ao posto conquistado. "Espero ser um exemplo e levar esperança para outros negros pobres do interior da Bahia, e mostrar que é possível furar a bolha", disse.
Irmão do meio, entre os três filhos de um carpinteiro e uma dona de casa, é um homem de origem simples. Passou, praticamente, toda juventude em sua terra natal, sempre estudando em escolas da rede pública.
Pela carência da família, começou a trabalhar, ainda, aos 13 anos e na sétima série do primeiro grau, e passou a estudar no período noturno para conciliar as duas atividades. Mas a segunda parte de sua história começa em 1998, quando ingressou, por concurso, no BC.
DEDICAÇÃO AO BANCO CENTRAL
Aílton é funcionário de carreira e seu bom desempenho, ao longo de mais de 25 anos, lhe credenciou ao acúmulo de uma vasta experiência. "Exerci diversos cargos gerenciais na área de supervisão bancária, chefiei a Auditoria Interna do Banco Central e, atualmente, me encontro à frente do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira".
Apesar da vida dedicada ao trabalho, garante que há tempo para cuidar de outras coisas essenciais e a família é uma prioridade. Aílton é casado e pai de uma filha. No lazer, uma das opções é acompanhar o time do coração: é torcedor do Esporte Clube Bahia e, quando tem oportunidade, vai ao estádio prestigiar o time.
Aquino reconhece os grandes desafios que lhe aguardam em sua nova função e demonstra, entre algumas preocupações, o cuidado com as ocorrências de fraudes online e a política de segurança cibernética em seu setor, mas diz que acredita na solidez da instituição.
"Particularmente, em relação à área para a qual fui indicado, a Diretoria de Fiscalização, assevero que temos hoje um sistema financeiro moderno, complexo, mas sólido, no qual se destaca o papel que o Banco Central exerce, como regulador e supervisor, para que se mantenha tal estabilidade e nível de concorrência", disse durante discurso no Senado.
Foto: Pedro França/Agência Senado
VOTAÇÃO, POSSE E MANDATO
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou as indicações dos diretores com votações expressivas. Ailton conseguiu 24 votos favoráveis e apenas 1 contrário. Já Galípolo, obteve 23 votos a favor e 2 contrários à indicação no colegiado.
No plenário, a expressividade não foi diferente. Aquino recebeu 42 votos a favor e 10 contrários. Galípolo teve 39 votos a favor e 12 contra.
As posses dependem, ainda, de procedimentos formais: o Senado terá de enviar um comunicado à Presidência da República informando a aprovação. Depois, as nomeações serão publicadas no Diário Oficial da União, para o BC marcar a solenidade.
A Diretoria Colegiada do Banco Central é composta pelo presidente e mais oito diretores. Os mandatos são fixos e têm duração de quatro anos, podendo ser renovados por apenas uma vez. No caso de Galípolo e Aquino, os mandatos vão até 2027, podendo chegar a 2031.
LEIA MAIS: Ator e dramaturgo Zé Celso está entubado após sofrer queimaduras em incêndio de apartamento
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Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e em Direito pelo Centro de Ensino Unificado do Distrito Federal (UDF), Aquino chega ao BC juntamente com Gabriel Galípolo, futuro diretor de Política Monetária, ambos sabatinados, ontem (4/7), pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e submetidos à confirmação de votação do Plenário da Casa.
Logo após saber da sua aprovação, o baiano de Jequié, cidade a 367 km de Salvador, concordou em bater um papo exclusivo com a reportagem do Aratu On. Naturalmente, feliz pela indicação, Aquino comentou a importância de um negro ter chegado ao posto conquistado. "Espero ser um exemplo e levar esperança para outros negros pobres do interior da Bahia, e mostrar que é possível furar a bolha", disse.
Irmão do meio, entre os três filhos de um carpinteiro e uma dona de casa, é um homem de origem simples. Passou, praticamente, toda juventude em sua terra natal, sempre estudando em escolas da rede pública.
Pela carência da família, começou a trabalhar, ainda, aos 13 anos e na sétima série do primeiro grau, e passou a estudar no período noturno para conciliar as duas atividades. Mas a segunda parte de sua história começa em 1998, quando ingressou, por concurso, no BC.
DEDICAÇÃO AO BANCO CENTRAL
Aílton é funcionário de carreira e seu bom desempenho, ao longo de mais de 25 anos, lhe credenciou ao acúmulo de uma vasta experiência. "Exerci diversos cargos gerenciais na área de supervisão bancária, chefiei a Auditoria Interna do Banco Central e, atualmente, me encontro à frente do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira".
Apesar da vida dedicada ao trabalho, garante que há tempo para cuidar de outras coisas essenciais e a família é uma prioridade. Aílton é casado e pai de uma filha. No lazer, uma das opções é acompanhar o time do coração: é torcedor do Esporte Clube Bahia e, quando tem oportunidade, vai ao estádio prestigiar o time.
Aquino reconhece os grandes desafios que lhe aguardam em sua nova função e demonstra, entre algumas preocupações, o cuidado com as ocorrências de fraudes online e a política de segurança cibernética em seu setor, mas diz que acredita na solidez da instituição.
"Particularmente, em relação à área para a qual fui indicado, a Diretoria de Fiscalização, assevero que temos hoje um sistema financeiro moderno, complexo, mas sólido, no qual se destaca o papel que o Banco Central exerce, como regulador e supervisor, para que se mantenha tal estabilidade e nível de concorrência", disse durante discurso no Senado.
Foto: Pedro França/Agência Senado
VOTAÇÃO, POSSE E MANDATO
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou as indicações dos diretores com votações expressivas. Ailton conseguiu 24 votos favoráveis e apenas 1 contrário. Já Galípolo, obteve 23 votos a favor e 2 contrários à indicação no colegiado.
No plenário, a expressividade não foi diferente. Aquino recebeu 42 votos a favor e 10 contrários. Galípolo teve 39 votos a favor e 12 contra.
As posses dependem, ainda, de procedimentos formais: o Senado terá de enviar um comunicado à Presidência da República informando a aprovação. Depois, as nomeações serão publicadas no Diário Oficial da União, para o BC marcar a solenidade.
A Diretoria Colegiada do Banco Central é composta pelo presidente e mais oito diretores. Os mandatos são fixos e têm duração de quatro anos, podendo ser renovados por apenas uma vez. No caso de Galípolo e Aquino, os mandatos vão até 2027, podendo chegar a 2031.
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