Manuela Dias lembra relacionamento com Wagner Moura: 'Me capturou para sempre'

A autora de novelas Manuela Dias, 48 anos, relembrou o romance com o ator e diretor Wagner Moura, de 49. Ambos baianos, eles se envolveram quando ainda estudavam na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

"Lembro até hoje da primeira vez que o vi: ele usava uma calça de alfaiataria feita por sua mãe, Piu Piu, e sapatos de camurça de amarrar. Existia algo em seu olhar que me capturou para sempre", disse Manuela. A fala foi à revista GQ, em edição que elegeu Moura como o Homem do Ano na categoria Cinema em 2025.

Ainda para a publicação, a autora baiana enfatizou a forte conexão e a duradoura admiração pelo colega, que, segundo ela, já demonstrava um potencial artístico explosivo.

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"Quando o vi em cena pela primeira vez, em uma peça dirigida por Zé Possi Neto, tive certeza de que um foguete estava decolando, um vulcão entrara em erupção. Assim foi: o galã de olhos tristes vê horizontes cada vez mais longínquos. Ele é ator, pensador, escritor, ativista... Um artista que amplia todos os conceitos", acrescentou Manuela Dias.

Atualmente, Wagner é casado com Sandra Delgado, que também foi sua colega de universidade na Ufba. O casal tem três filhos: Bem, 19, Salvador, 15, e José, 13 anos. Os mais novos, inclusive, particiam da peça "Um Julgamento - Depois do Inimigo do Povo", que estreou na capital baiana.

Wagner Moura e filme 'O Agente Secreto' rumo ao Oscar 2026

No final de outubro, após receber a notícia de indicação ao "Gotham Awards", uma das "prévias" do Oscar, Wagner Moura disse que a estatueta "parecia mais real".

Segundo o artista baiano, o longa metragem - do qual é protagonista - tem conquistado espaço por estar “nos festivais certos” e por contar com um trabalho de divulgação consistente. “O nosso trabalho de promoção e divulgação a gente tem feito muito bem”, observou.

O diretor do filme, o pernambucano Kleber Mendonça Filho, por sua vez, destacou a importância do reconhecimento. “Hoje a gente tem essa notícia muito boa do Gotham, que é talvez a primeira premiação que acontece em Nova York na temporada de prêmios. O Wagner e o roteiro original indicados, fico feliz. Gosto muito do roteiro do filme”, afirmou o diretor.

'O cinema brasileiro é um país tentando se entender', diz Wagner Moura

Apesar da repercussão internacional, Wagner Moura afirmou que o sucesso fora do país é apenas um bônus. “Nenhum país se desenvolve sem se olhar. As pessoas lá fora veem e dizem: olha só, a perna cabeluda, que coisa louca. Mas, sobretudo, somos nós, aqui, nos vendo. O cinema brasileiro tem uma história quase documentarista. É um cinema que nasce de um país tentando se entender”, refletiu o ator.

Kleber Mendonça Filho disse que deseja atrair o público jovem para assistir ao filme. Ele citou “Ainda Estou Aqui” como exemplo de produção capaz de conectar a história do Brasil às novas gerações.

Wagner Moura e filme 'O Agente Secreto' premiados em Cannes

A produção foi o filme mais premiado do ano no Festival de Cannes, em maio deste ano. Wagner Moura venceu o prêmio de melhor ator, Kleber Mendonça Filho foi eleito melhor diretor e o longa recebeu o prêmio da crítica. O júri de Cannes chegou a quebrar uma regra tradicional do festival ao conceder os dois prêmios principais para a mesma obra - algo permitido apenas em casos excepcionais.

Em setembro, a Academia Brasileira de Cinema anunciou que o filme O Agente Secreto foi o escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2026.

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