Espetáculo “Barrela” volta em cartaz no Teatro Vila Velha
Espetáculo “Barrela” volta em cartaz no Teatro Vila Velha
Por Da Redação.
Segue para a última semana em Salvador a remontagem do espetáculo Barrela, uma obra de Plínio Marcos, dirigida Por Nathan Marreiro, da Cia de Teatro Gente. O Teatro Vila Velha foi o palco escolhido para a comemoração dos 10 anos de estreia desta montagem tão celebrada pelo público e pela crítica. A peça está em cartaz até 18 de junho, de quinta-feira a domingo, 20h e 19h no domingo. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia).
A trama se passa dentro de uma cela, onde os presos Portuga (Ismael Marques), Bahia (Amós Heber), Tirica (Everton Machado), Fumaça (Jhoilson Oliveira), Louco (André Nunes), Bereco (Victor Kizza) e o recém-chegado Garoto (Felipe Velozo) dividem seus dias, suas histórias, seus problemas, suas frustrações, o melhor e o pior de cada um. A tensão entre os companheiros de cela se intensifica depois da chegada do burguês apelidado de Garoto, que seguindo uma prática para alguns tipos dentro da detenção, é estuprado pelos presos. A trama conta ainda com a participação de dois carcereiros interpretados pelos atores Ailson Leite e Daniel Calibam.
Segundo o diretor Natham Marreiro, mais que nunca, Barrela chega com um grande ímpeto de interação com o público, uma vez que a disposição do cenário muda radicalmente, deixando características originais para trás, como intervenções de multimídia e aposta mais no ator versos o público. Na mais pura essência do fazer teatral. ?Deixamos um pouco de lado os acessórios de cenários e vamos trabalhar apenas com marcações e luz?, completa do diretor.
Para Marreiro, a escolha do Teatro Vila Velha foi crucial para o brinde de 10 anos por se encaixar perfeitamente na ideia desta remontagem. ?Público cercando a caixa cênica, atuando como voyeurs de um ringue que é a cela de uma penitenciária. Tudo isso, dessa vez encenado num espaço vazio, dividido pelos atores, público e a memória do mestre Plínio Marcos?.
O argumento para este roteiro continua verossímil a situação atual da população carcerária do Brasil. Os presos do final dos anos 50, quando o texto foi escrito, comparados com os presidiários dos anos 2007, quando foi encenado pela primeira vez na Bahia e os de 2017, quando a peça ganha uma nova roupagem, continuam sendo os lobos uns dos outros, e continuam sendo engolidos pelo Estado cada vez mais incapaz.
Serviço
Data: 8 a 18/06 | qui a sáb 20h | dom 19h
Local: Teatro Vila Velha
Valores: R$40 (inteira) e R$20 (meia)
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