Jovem multimedalhista de matemática defende a importância da disciplina no dia a dia
Multimedalhista em olimpíadas do conhecimento, a estudante baiana é uma das participantes do 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação
Por Juana Castro.
*Diretamente de São Paulo
Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, é a cidade natal de uma das grandes promessas da matemática brasileira: Ingrid Silva Carvalho, de 18 anos. Multimedalhista em olimpíadas do conhecimento, a estudante é uma das participantes do 9º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação (Jeduca), que acontece nesta segunda-feira (25), em São Paulo, no painel “Os impactos no Brasil do baixo desempenho em Matemática”.
Os resultados de Ingrid a levaram a conquistar uma vaga no IMPA Tech, no Rio de Janeiro, um novo curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) focado em Ciência da Computação e Matemática. Ela ingressou no curso através do processo seletivo desenvolvido para medalhistas de olimpíadas de matemática (OBMEP).
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Durante sua fala no evento, a jovem compartilhou a sua trajetória. Ingrid conquistou sua primeira menção honrosa em uma Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) no 6º ano, e a partir daí passou a colecionar diversas medalhas. Ao comentar sobre a importância da matemática e a popularização de dúvidas sobre o uso de fórmulas como a de Bhaskara no cotidiano, Ingrid destacou que a matemática está por trás de tudo.
“Hoje em dia as pessoas querem as coisas muito imediatamente, mas algumas coisas estão por trás. Para criar as tecnologias foi usado fórmulas como a de Bhaskara… nas engenharias também. Nas escolas, é preciso trabalhar a matemática de uma forma não tão abstrata (porque a matemática é importante, sim)”, afirmou.
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A jovem também ressaltou que a matemática e as olimpíadas a tornaram mais resiliente.
O painel, que discutiu as causas e os impactos do baixo desempenho em matemática no Brasil, contou também com a participação da diretora-executiva do Instituto Reúna, Kátia Smole, e do professor Antônio de Souza Silva, de Bacabal, Maranhão, que desenvolve um projeto de robótica aliada à matemática em uma escola na zona rural.
Kátia Smole aproveitou para comentar sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), afirmando que “todo currículo precisa ser revisto, de forma parcial ou total. É parte do processo, sempre é possível fazer ajustes. Mas revisão de currículo se faz com ciência”.
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