Estudantes de baixa renda do curso de medicina receberão bolsa auxilio
Estudantes de baixa renda de medicina terão auxílio do novo Programa de Bolsa Permanência, no âmbito do Mais Médicos
Por Rosana Bomfim.
Estudantes de baixa renda matriculados em cursos de medicina credenciados pelo Programa Mais Médicos vão receber ajuda financeira do governo federal para garantir a permanência na graduação. A medida faz parte do novo Programa de Bolsa Permanência no âmbito do Mais Médicos (PBP-PMM), criado pelo Ministério da Educação (MEC) e oficializado pela Portaria nº 655/2025, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22).
O benefício é voltado a jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica, inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e com renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 2.277 em 2025). Nos cursos de medicina de instituições particulares, o estudante precisa ser bolsista integral da própria faculdade para ter acesso ao programa.
Além disso, não pode já ter concluído outro curso superior nem receber a Bolsa Permanência das universidades federais.
A inscrição deverá ser feita no Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), por meio de conta no Gov.br. O candidato precisa anexar documentos que comprovem renda e matrícula ativa, além de assinar o termo de compromisso previsto na portaria.
A seleção ficará a cargo das instituições de ensino superior, com prioridade para quem tem menor renda e estudou em escola pública. Nas universidades federais, terão preferência os alunos que ingressaram por cotas de vulnerabilidade social.
O valor da bolsa será definido pelo MEC e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mas não poderá ser inferior ao de uma bolsa de iniciação científica, hoje fixado em R$ 700. O pagamento será feito diretamente pelo FNDE após homologação mensal da situação acadêmica pela instituição de ensino.
A bolsa pode ser acumulada com outros auxílios acadêmicos, desde que a soma não ultrapasse 1,5 salário mínimo.
O benefício, no entanto, poderá ser suspenso em casos como trancamento de matrícula, perda da bolsa integral em faculdade privada, troca de curso, baixo rendimento acadêmico — aprovação em menos de 75% das disciplinas — ou ultrapassagem do prazo máximo de dois semestres além da duração prevista do curso.
Com a iniciativa, o governo busca ampliar o acesso e a permanência de estudantes de baixa renda na medicina, reduzindo a evasão e fortalecendo o Programa Mais Médicos em todo o país.
Na Bahia, o Medi+, programa que dá bolsas de medicina para estudantes de baixa renda em Salvador tem função semelhante. Para participar, é necessário estar regularmente inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, além de ter cursado o ensino médio completo em uma instituição brasileira de ensino público.
Ainda no âmbito federal, o Programa Mais Médicos é outra política pública que enfrenta o desafio para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS. O programa leva médicos para regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.
Ele também promove a formação e qualificação dos profissionais por meio de parcerias com instituições de ensino. Essa estratégia visa garantir maior equidade no acesso aos serviços de saúde em todo o território nacional.
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