Senado aprova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

Isenção do Imposto de Renda deve beneficiar 25 milhões de brasileiros a partir de 2026

Por Ananda Costa.

Por unanimidade, o Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (5) o projeto de lei 1087/2025 que estabelece a isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil.

Confira sobre o projeto de isenção do Imposto de Renda. Foto: Agência Brasil

A proposta, que ainda depende de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será candidato a quarto mandato em 2026,  também aumenta a taxação sobre rendas mais altas e sobre lucros remetidos ao exterior. Caso seja sancionado ainda em 2025, a isenção do Imposto de Renda começará a valer a partir de janeiro de 2026.

Segundo estimativas do governo, cerca de 25 milhões de brasileiros serão beneficiados com a isenção do Imposto de Renda, enquanto aproximadamente 200 mil contribuintes com maiores rendimentos terão elevação nas alíquotas.

Relembre sobre o projeto que prevê isenção do Imposto de Renda

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Encaminhado pelo governo em março e aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro, o projeto teve relatoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que acatou emendas dos senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Rogério Carvalho (PT-SE). 

O aumento da isenção gerará uma renúncia fiscal estimada em R$ 25,84 bilhões, que será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês, representando apenas 0,13% dos contribuintes do país. A proposta também prevê a tributação de dividendos remetidos ao exterior, que será aplicada a qualquer valor, mas somente quando destinados a cidadãos estrangeiros.

Além do aumento da faixa de isenção para R$ 5 mil, o governo pretende conceder um desconto parcial para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais. Acima desse valor, a tabela progressiva do Imposto de Renda será aplicada normalmente. Atualmente, a isenção beneficia quem ganha até R$ 2.259,20.

Haddad ressaltou que a reforma é uma resposta à desigualdade social no Brasil. “Essa é a primeira reforma da renda significativa do país porque mexe numa ferida social de longa data. A todo instante, lembramos que o Brasil figura entre as dez maiores economias do mundo, mas também figura entre as dez mais desiguais”, afirmou o ministro.

A tributação sobre as altas rendas atingirá apenas 0,13% dos contribuintes e 0,06% da população. Esta parcela paga uma alíquota efetiva média de 2,54% de Imposto de Renda, pois a maior parte dos rendimentos é isenta. Já os trabalhadores com carteira assinada têm, em média, 69,18% da renda tributada com alíquota de até 27,5% de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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