Economia

Polícia Federal desarticula esquema de fraudes em benefícios previdenciários na Bahia

São quatro mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Salvador, Feira de Santana e Itaberaba, na Bahia.

Por Da Redação

Polícia Federal desarticula esquema de fraudes em benefícios previdenciários na BahiaFoto: Ilustração

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (3), a Operação "De Volta para o Futuro", que cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Salvador, Feira de Santana e Itaberaba, na Bahia. O objetivo da operação é desmantelar um grupo criminoso responsável por fraudes em benefícios previdenciários, com foco na cidade de Itaberaba, a cerca de 278 km da capital baiana.


A investigação, conduzida pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária, aponta que os suspeitos desviaram mais de R$ 9 milhões dos cofres públicos. Contudo, os danos poderiam ser ainda maiores, podendo atingir até R$ 24 milhões, caso a organização criminosa não fosse desarticulada. O esquema foi descoberto após seis meses de apuração, quando os investigadores identificaram que benefícios previdenciários estavam sendo concedidos a partir da inserção de vínculos trabalhistas falsos no sistema, a fim de justificar aposentadorias urbanas e rurais fraudulentas.


Segundo a PF, duas servidoras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Itaberaba são as principais responsáveis pelas fraudes. Elas inseriam vínculos trabalhistas de longos períodos no passado, sem qualquer documentação que comprovasse a veracidade das informações. Além disso, as funcionárias realizavam pagamentos retroativos elevados, ao registrar datas distantes como início dos benefícios, gerando vultosos créditos indevidos. Uma delas também era responsável por emitir ordens de pagamento duplicadas, com valores já quitados anteriormente.


O esquema envolvia também familiares e pessoas próximas às servidoras, que se beneficiavam das concessões fraudulentas. Para viabilizar a fraude, elas contavam com a ajuda de intermediários, que indicavam novas pessoas para colaborar com o desvio de recursos. Boa parte dos valores pagos indevidamente retornava diretamente para as funcionárias e os envolvidos no esquema.


A operação visa responsabilizar todos os envolvidos e evitar a continuidade dos prejuízos aos cofres públicos, além de garantir que os responsáveis pelo crime sejam devidamente punidos.


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