Explosão em posto levanta debate: quais os riscos do GNV no carro? Veja
O GNV exige cuidados específicos para garantir a segurança dos usuários e evitar acidentes
Por Da Redação.
A explosão de um carro na madrugada deste domingo (8), em um posto de combustíveis no Rio de Janeiro, reacendeu o debate sobre a segurança no uso do Gás Natural Veicular (GNV): quais os riscos do GNV no carro? O acidente resultou na morte do motorista e deixou um frentista gravemente ferido.
Embora ainda sob investigação, a principal suspeita é de que a explosão tenha sido causada por uma falha no cilindro do veículo abastecido com GNV.
Apesar de ser uma alternativa econômica e menos poluente em comparação à gasolina e ao etanol, o GNV exige cuidados específicos para garantir a segurança dos usuários e evitar acidentes.
GNV é seguro, mas exige responsabilidade
O uso de GNV não é, por si só, perigoso. O que coloca o sistema em risco são falhas de instalação, manutenção irregular ou modificações feitas de forma inadequada. Ao Uol, em 2022, Everton Lopes, mentor em tecnologia de energia a combustão da SAE Brasil, disse que o sistema opera com pressões superiores a 200 atmosferas, o que exige vedação perfeita e componentes de alta qualidade.
Casos de explosões, embora não frequentes, geralmente ocorrem por negligência - como uso de cilindros vencidos, vazamentos não detectados ou abastecimento feito de maneira incorreta.
Instalação e manutenção são pontos críticos
A primeira regra de segurança no uso do GNV é a instalação em oficinas credenciadas pelo Inmetro. A montagem deve seguir normas técnicas rígidas e usar peças certificadas. Além disso, o sistema deve passar por inspeção anual obrigatória, com emissão de selo de regularidade.
O teste hidrostático, que verifica a integridade do cilindro, é obrigatório a cada cinco anos. Esse procedimento é fundamental para evitar o uso de cilindros enferrujados, com fissuras ou desgaste estrutural.
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Cuidados no abastecimento com GNV
O abastecimento é outro momento crítico que exige atenção. O motorista deve desligar o carro, sair do veículo e evitar o uso de eletrônicos. Somente postos autorizados devem ser utilizados, pois contam com funcionários treinados e equipamentos dentro das normas de segurança.
Evitar a pressa e seguir os protocolos é essencial para evitar riscos — tanto ao condutor quanto aos profissionais do posto.
Modificações não autorizadas aumentam o risco
Um erro grave é fazer adaptações por conta própria ou em oficinas não homologadas. Alterações em mangueiras, válvulas e suportes, mesmo que pareçam pequenas, podem comprometer todo o sistema e levar a vazamentos ou falhas de vedação.
Além disso, alguns veículos não têm estrutura compatível com o uso de GNV, o que também pode comprometer a segurança e a durabilidade do automóvel.
O que observar para rodar com segurança
- Verifique o selo do Inmetro após a instalação do kit GNV;
- Realize o teste hidrostático a cada 5 anos;
- Faça a inspeção anual do sistema em empresas credenciadas;
- Evite modificações ou adaptações fora das especificações técnicas;
- Abasteça apenas em postos autorizados e respeite os protocolos de segurança;
- Fique atento a ruídos, odores de gás e falhas no funcionamento;
- Consulte sempre o manual do fabricante e respeite os prazos de revisão.
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