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A Samu? A acarajé? A Peto? Confira sete palavras que você pode estar falando errado e nem sabia

Para responder a todas essas dúvidas e explicar o porquê de ser tão difícil atribuir um gênero às palavras, o Aratu On conversou com letróloga, mestra em Literatura e especialista em educação, Thaís Pires

Por Beatriz Bulhões

A Samu? A acarajé? A Peto? Confira sete palavras que você pode estar falando errado e nem sabia Créditos da foto: divulgação

Hoje, o Aratu On decidiu, finalmente, dar fim a uma das maiores polêmicas linguísticas da Bahia: o certo é "o acarajé", ou "a acarajé"? "O Hemoba", ou "a Hemoba"? "O Serasa", ou "a Serasa"? "O Covid", ou a "Covid"? "O alface" ou "a alface"? "O Peto" ou "a Peto'? Se a gente continuar, a lista não tem fim. 


Para responder a todas essas dúvidas e explicar o porquê de ser tão difícil atribuir um gênero às palavras, o Aratu On - ou "a Aratu On"? - conversou com letróloga, mestra em Literatura e especialista em educação, Thaís Pires. Primeira pergunta: para que serve o artigo? Quando a gente deve usar o artigo masculino e o feminino?


"O emprego do artigo, a gente faz de acordo com o gênero do substantivo. O artigo vai modificar, especificar ou generalizar um substantivo. Então, o artigo, obrigatoriamente, vai concordar com o substantivo. Ou seja, se o substantivo for masculino, o artigo também será masculino. Se o substantivo for feminino, o artigo também será feminino".


Alface, por exemplo, pode até terminar com a letra "e", e não "o", mas continua sendo uma palavra masculina. Por isso, como aponta a letróloga, o correto é falar "o alface".



No caso de acarajé... é a mesma coisa. Quer você queira, quer não, acarajé é um substantivo masculino. Por isso, finalmente dando um fim a essa polêmica centenária, o linguisticamente correto é dizer "o acarajé", e não "a acarajé": "É um bolinho de feijão. Então, ele é um substantivo masculino. Logo, o artigo também vai ser masculino".



No caso da palavra "Covid", como ressalta Thaís, por ser um substantivo que começou a ser mais utilizado na língua portuguesa há pouco tempo, ainda não há uma convenção linguística. Mas, dá para usar o raciocínio lógico para definir se é "a" ou "o":


"Eu acredito que as duas formas estejam corretas. Se a gente se referir à doença, então, é 'a covid'. Mas, se a gente for se referir ao vírus, que é 'o coronavírus', é admissível o artigo masculino. Até então, a Academia Brasileira de Letras não se manifestou, e há poucos estudos a respeito disso. No geral, há poucos estudos relacionado aos artigos da Língua Portuguesa".



No caso de Samu, que é uma sigla para "Serviço de Atendimento Móvel de Urgência", o certo é o artigo masculino, já que estamos falando de um "o serviço". Mas, ainda assim, é muito comum a gente ouvir falar "chama a Samu!", ao invés de "chama o Samu!". Por quê?


De acordo com a letróloga, a explicação também é lógica: "Isso pode estar muito associado ao veículo, nesse caso, uma ambulância, que é um substantivo feminino. Acredito que aí está a origem do uso".



OUTRAS PALAVRAS


Hemoba, que parece ser um prédio, um local, é, na verdade, uma fundação, a "Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia". Por isso, ao contrário do que se imagina, se fala "a Hemoba", e não o contrário.



E Serasa? É menino ou menina? Por ser "a empresa", é a Serasa. Quando for consultar o seu score, já sabe como falar!


Sabe aquele pelotão da Polícia Militar (PM), PETO? Assim como o Samu, também é uma sigla. Por ser o "Pelotão de Emprego Tático da PM", é o PETO, não a PETO, como algumas pessoas falam por aí.



E, para terminar, vamos ao nome do nosso querido site: é o Aratu On ou a Aratu On? A TV, é a TV Aratu. O site, por ser um substantivo masculino, é o "site Aratu On".


Na opinião de Thaís, essas confusões linguísticas, tão comuns no nosso dia-a-dia, têm motivo para acontecer: "Eu acredito que seja pela confusão mesmo de não saber diferenciar quando a palavra é um substantivo masculino ou feminino. Tirando isso, eu acredito muito na singularidade do baiano".


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