Cultura

BEIJO ROUBADO: Folião aprova medida que criminaliza prática: “Se é roubado tem que ser punido”

BEIJO ROUBADO: Folião aprova medida que criminaliza prática: “Se é roubado tem que ser punido”

Por Diorgenes Xavier

BEIJO ROUBADO: Folião aprova medida que criminaliza prática: “Se é roubado tem que ser punido”

O aviso foi dado. A fiscalização está sendo feita, mas, ainda assim muitos atrevidos insistem em ser desagradáveis e tratam as mulheres de forma desrespeitosa no Carnaval. Entre beijos roubados, ataques de ?mãos bobas? e até atos de agressões físicas, as insatisfações e revoltas vão se somando em meio à folia.


Os números de um balanço oficial sobre estas ações agressivas ainda não foram apresentados, mas a titular da Superintendência Municipal de Políticas para as Mulheres (SPM), Monica Kalile, garante que cerca de 120 vinte observadores estão fiscalizando e autuando os autores de beijos não permitidos e de qualquer situação de violência contra a mulher nos principais circuitos da festa.


Os foliões em sua maioria são a favor de punição severa para os beijos forçados. Independente do gênero, ambos concordam que é uma agressão abominável e que deve ser rechaçada.


“Acho mais do que justo beijo roubado ser crime. Se é roubado o nome já diz é roubado. Tem que ser punido”, diz a foliã Cristiane.


A opinião é compartilhada por Michele. “Beijo não é uma coisa para ser forçada é para se sentir a vontade. Hoje a gente não sabe quem é quem para a gente se expor desse jeito”, diz.


Veja vídeo:



MACHISMO NA BARRA


No último sábado (6/2), uma ocorrência chamou a atenção de quem brincava o Carnaval na Barra. A jovem Ludmylla de Souza Valverde levou oito pontos na altura da sobrancelha, após ser agredida por um homem que não se conformou em ter o seu assédio rejeitado.


No momento da violência, Ludmylla estava na companhia de uma irmã que estava aniversariando. O seu agressor teria agido juntamente com um amigo.


?Esses monstros não admitiram receber um não. Não admitiram a gente não querer interagir com eles. Não admitiram que poderíamos estar na rua e querer brincar sozinhas sem ser assediadas violentamente por eles?, disse revoltada, a vítima.


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SERVIÇO:


A Superintendência Municipal de Políticas para as Mulheres disponibilizou o número 98622-5494 no WhatsApp para que o folião registre, através de vídeos ou depoimentos, qualquer ato de agressão contra a mulher. Não é preciso se identificar.


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