Documentário baiano 'Cais' é vencedor do 14º Olhar de Cinema em Curitiba

O documentário baiano Cais, dirigido por Safira Moreira, foi o grande vencedor da Mostra Competitiva Brasileira do 14º Festival Olhar de Cinema, encerrado nesta terça-feira (18), em Curitiba, no Paraná. A produção conquistou três dos principais prêmios da edição: Melhor Filme pelo Júri Oficial, Melhor Filme pelo Voto do Público e Melhor Filme pela Crítica, concedido pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).

+ Morre Francisco Cuoco, ícone das novelas brasileiras, aos 91 anos

“Cais é um filme, que parte de uma jornada muito íntima, e é uma grande reverência à minha mãe, Angélica Moreira, às águas e ao Tempo. O documentário é guiado pela força, poesia e pela beleza de minha mãe. Ver esse filme tocar o público do Olhar de Cinema, o júri e a crítica, é um presente imenso, que só mesmo minha ancestralidade poderia proporcionar”, comemora Safira Moreira, diretora do filme.

Para a produtora executiva Flávia Santana, da produtora baiana Mulungu Realizações Culturais, a estreia nacional não poderia ter sido em lugar melhor. “O Olhar de Cinema é um festival de muito prestígio, com uma curadoria comprometida e um público interessado, que se conectou muito ao filme, e isso é muito especial. Ter levado o prêmio do júri oficial e da crítica é incrível, mas ter ainda ganhado o prêmio do voto popular coloca ainda mais sentido no nosso trabalho, pois é pensando nas pessoas e nessa conexão com elas que fazemos cinema", comenta.

'Cais' narra a jornada de Safira em meio ao luto, dois meses após o falecimento de sua mãe, Angélica. A diretora viaja por cidades banhadas pelos rios Paraguaçu, na Bahia, e Alegre, no Maranhão, numa busca simbólica por reencontros e reflexões sobre memória, tempo, nascimento, vida e morte. O filme é guiado por imagens que flutuam entre a intimidade, a ancestralidade e o afeto.

Além da estreia nacional no Olhar de Cinema, Cais já começou a trilhar sua trajetória internacional. Em junho, foi exibido no 40º Festival Internacional de Cine en Guadalajara, no México. De 31 de julho a 3 de agosto, será apresentado no Blackstar Film Festival, na Filadélfia, Estados Unidos. Ainda em 2024, o documentário foi premiado pelo Sundance Documentary Fund, iniciativa vinculada ao Sundance Institute.

A produção é uma coprodução entre as empresas baianas Mulungu Realizações Culturais, Omnirá Filmes e Giro Planejamento Cultural. O projeto conta com patrocínio do programa Rumos Itaú Cultural e do Fundo Avon Mulheres no Audiovisual (FAMA).

+ Japoneses vivem na Bahia há mais de 70 anos; conheça histórias

LEIA MAIS: Confira programação desta sexta-feira do São João em Salvador