'As vozes da terra': exposição apresenta manifesto pela liberdade em Simões Filho
As obras podem ser vistas até 30 de novembro, diariamente, de forma gratuita. O Museu de Arte de Simões Filho (MASF) é um equipamento a céu aberto
Créditos da foto: divulgação
O Museu de Arte de Simões Filho (MASF) inaugura neste sábado (4/11), às 15h, a segunda exposição da série Histórias simõesfilhenses. Desta vez, quem ocupa espaço é o artista visual, grafiteiro e professor de filosofia Luís Santos, com a mostra As vozes da terra.
As obras podem ser vistas até 30 de novembro, diariamente, de forma gratuita. O MASF é um equipamento a céu aberto e ocupa a escadaria que liga a avenida Elmo Serejo Faria à rua Vereador João de Oliveira Campos, no bairro Cia 1.
Com curadoria de Augusto Leal, a exposição apresenta um manifesto pela liberdade - tema que marca a trajetória de Luís Santos -, a partir de uma intervenção de grafite na escadaria e obras produzidas por meio da técnica da aquarela, que estarão distribuídas pelo local.
“Luís traz a sua poética para o ambiente, com a pintura de pássaros, animais, corpos, máscaras e seres encantados. Além disto, ele apresenta 36 aquarelas sobre questões que o afetam, a partir da relação muito forte com as vozes da terra e da natureza, e com o desejo de manifestar a liberdade através das cores e do movimento”, destaca o curador.
Luís Santos enfatiza a relação próxima de suas obras com a proposta original do MASF, de ser um espaço aberto e acessível a todos.
“A arte para mim é um movimento espiritual. Esses trabalhos expostos são em aquarela, juntamente com o grafite, que vai ser feito á medida que as coisas acontecem no espaço. Sou um artista de rua e entendo a rua como esse grande museu a céu aberto, que proporciona às minorias a oportunidade de ter o contato com a arte, sendo que historicamente a arte ficou para uma pequena parte da população”, reflete.
O artista ressalta ainda a importância da arte-educação no sentido de mudar realidades. “É necessária uma educação para a arte e uma sensibilização das pessoas para que elas tenham acesso a esse poder de transformar a realidade. Sou um morador da favela, atuo nas comunidades enquanto professor e sinto todas as coisas que a minha classe sete. A arte, para mim, também é uma revolta contras as classes opressoras, que limitam o acesso a este todo”.
Programa expositivo do MASF
O programa expositivo do Museu de Arte de Simões Filho foi aberto no dia 14 de outubro, com a mostra 'Histórias simõesfilhenses - A lente generosa', do fotógrafo Diney Araújo, que ficou aberta à visitação até esta quinta-feira, 2. A exposição apresentou um recorte dos registros que Diney fez de lugares, pessoas, eventos e movimentos culturais da cidade, além de imagens do teatro baiano, fruto de um trabalho realizado por ele há 15 anos.
O curador e idealizador do MASF, Augusto Leal, faz um balanço do período de visitação e afirma que a população de Simões Filhos abraçou o projeto.
“A gente ficou muito feliz com a quantidade de pessoas que prestigiaram. Foi bonito perceber que elas se reconheciam nas fotos de Diney e estavam ali, participando deste momento de resgate da cultura e de reconhecimento destes artistas da cidade. Além disto, os moradores se apropriaram do museu e alguns diziam que eram os guardiões do espaço. Durante todo o período da exposição, não houve nenhum tipo de avaria. Todas as fotos e elementos ficaram intactos, então teve um cuidado muito grande de todos que estavam se relacionando com o MASF”.
O MASF vai receber ainda a terceira exposição que integra a série contemplada pelo Prêmio Museu é o Mundo. Trata-se de Histórias simõesfilhenses - O relicário da arte, de Carla Vivian Mattos, que vai ser apresentada a partir de 2 de dezembro.
Sobre Luís Santos
Luís Santos é professor de filosofia, artista visual, grafiteiro, ativista ambiental e atua na área de história das culturas africana, indígena e afrobrasileira. Ele faz parte do coletivo Arte Marginal de Salvador e é idealizador do coletivo Artistas Invisíveis, que entende a arte como uma proposta integral. Morador de Simões Fiho, o artista apresenta um trabalho que reúne diferentes técnicas: muralismo, grafite, letrado, pichação, aquarela, acrílico, nanquim e óleo sobre tela.
Serviço
Exposição 'Histórias simõesfilhenses - As vozes da terra’, de Luís Santos
Abertura: sábado, 4 de novembro
Horário: 15h
Visitação: de 04/11 a 30/11 | Aberta 24 horas por dia
Onde: Museu de Arte de Simões Filho (MASF) | Escadaria que liga a avenida Elmo Serejo Faria à rua Vereador João de Oliveira Campos, no bairro Cia 1 | Simões Filho-BA
Gratuito
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Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
As obras podem ser vistas até 30 de novembro, diariamente, de forma gratuita. O MASF é um equipamento a céu aberto e ocupa a escadaria que liga a avenida Elmo Serejo Faria à rua Vereador João de Oliveira Campos, no bairro Cia 1.
Com curadoria de Augusto Leal, a exposição apresenta um manifesto pela liberdade - tema que marca a trajetória de Luís Santos -, a partir de uma intervenção de grafite na escadaria e obras produzidas por meio da técnica da aquarela, que estarão distribuídas pelo local.
“Luís traz a sua poética para o ambiente, com a pintura de pássaros, animais, corpos, máscaras e seres encantados. Além disto, ele apresenta 36 aquarelas sobre questões que o afetam, a partir da relação muito forte com as vozes da terra e da natureza, e com o desejo de manifestar a liberdade através das cores e do movimento”, destaca o curador.
Luís Santos enfatiza a relação próxima de suas obras com a proposta original do MASF, de ser um espaço aberto e acessível a todos.
“A arte para mim é um movimento espiritual. Esses trabalhos expostos são em aquarela, juntamente com o grafite, que vai ser feito á medida que as coisas acontecem no espaço. Sou um artista de rua e entendo a rua como esse grande museu a céu aberto, que proporciona às minorias a oportunidade de ter o contato com a arte, sendo que historicamente a arte ficou para uma pequena parte da população”, reflete.
O artista ressalta ainda a importância da arte-educação no sentido de mudar realidades. “É necessária uma educação para a arte e uma sensibilização das pessoas para que elas tenham acesso a esse poder de transformar a realidade. Sou um morador da favela, atuo nas comunidades enquanto professor e sinto todas as coisas que a minha classe sete. A arte, para mim, também é uma revolta contras as classes opressoras, que limitam o acesso a este todo”.
Programa expositivo do MASF
O programa expositivo do Museu de Arte de Simões Filho foi aberto no dia 14 de outubro, com a mostra 'Histórias simõesfilhenses - A lente generosa', do fotógrafo Diney Araújo, que ficou aberta à visitação até esta quinta-feira, 2. A exposição apresentou um recorte dos registros que Diney fez de lugares, pessoas, eventos e movimentos culturais da cidade, além de imagens do teatro baiano, fruto de um trabalho realizado por ele há 15 anos.
O curador e idealizador do MASF, Augusto Leal, faz um balanço do período de visitação e afirma que a população de Simões Filhos abraçou o projeto.
“A gente ficou muito feliz com a quantidade de pessoas que prestigiaram. Foi bonito perceber que elas se reconheciam nas fotos de Diney e estavam ali, participando deste momento de resgate da cultura e de reconhecimento destes artistas da cidade. Além disto, os moradores se apropriaram do museu e alguns diziam que eram os guardiões do espaço. Durante todo o período da exposição, não houve nenhum tipo de avaria. Todas as fotos e elementos ficaram intactos, então teve um cuidado muito grande de todos que estavam se relacionando com o MASF”.
O MASF vai receber ainda a terceira exposição que integra a série contemplada pelo Prêmio Museu é o Mundo. Trata-se de Histórias simõesfilhenses - O relicário da arte, de Carla Vivian Mattos, que vai ser apresentada a partir de 2 de dezembro.
Sobre Luís Santos
Luís Santos é professor de filosofia, artista visual, grafiteiro, ativista ambiental e atua na área de história das culturas africana, indígena e afrobrasileira. Ele faz parte do coletivo Arte Marginal de Salvador e é idealizador do coletivo Artistas Invisíveis, que entende a arte como uma proposta integral. Morador de Simões Fiho, o artista apresenta um trabalho que reúne diferentes técnicas: muralismo, grafite, letrado, pichação, aquarela, acrílico, nanquim e óleo sobre tela.
Serviço
Exposição 'Histórias simõesfilhenses - As vozes da terra’, de Luís Santos
Abertura: sábado, 4 de novembro
Horário: 15h
Visitação: de 04/11 a 30/11 | Aberta 24 horas por dia
Onde: Museu de Arte de Simões Filho (MASF) | Escadaria que liga a avenida Elmo Serejo Faria à rua Vereador João de Oliveira Campos, no bairro Cia 1 | Simões Filho-BA
Gratuito
LEIA MAIS: Rapper Mano Brown recebe título de Doutor Honoris Causa de universidade baiana
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