Cultura

30 anos de axé: Jau, a voz do Olodum que ecoa pelo mundo

30 anos de axé: Jau, a voz do Olodum que ecoa pelo mundo

Por Da Redação

30 anos de axé: Jau, a voz do Olodum que ecoa pelo mundoReprodução youtube

No ano em que se comemora os 30 anos do Axé Music, o Aratu Online homenageia os grandes nomes que marcaram a história do ritmo na Bahia e no Brasil. Faltando apenas 8 dias para o Carnaval, o portal realiza uma contagem regressiva, onde a cada dia um artista será o protagonista desta história de muito sucesso.


Jauperi Lázaro dos Santos, o Jau, 44 anos, se notabilizou como um dos maiores e mais criativos expoentes da música baiana nos últimos anos. Contudo, o que poucos sabem é que essa história começou lá atrás, quando aos 16 ele ingressou no Olodum, que funcionou como uma escola para o então garoto que ainda sonhava em ser artista. Com o grupo, teve a oportunidade de viajar pelo mundo, conhecendo novas culturas, misturando ritmos. Teve a chance de ouvir e ser ouvido.


Foi assim que ele tocou com grandes expoentes do cenário nacional como Djavan e Marisa Monte, além de ícones internacionais como Paul Simon e Tracy Chapman. Em entrevistas, o cantor faz questão de ressaltar a importância que o grupo teve em sua formação. ?Foi no Olodum que me entendi como ser humano, que ganhei autoestima e aprendi a lidar com multidão?, reflete.


Aos 25 anos, maduro e seguro dos rumos que queria dar à sua carreira, Jau decide sair do Olodum e abraçar novos projetos. A voz potente, que já encantava os fãs desde o início da carreira, foi emprestada ao grupo Ifá, com quem gravou, em 1999, disco que levava o nome da banda e trazia sucessos como ?Topo do Mundo? e ?My Love?.


Em 2005, ele se junta a Pierre Onassis e funda o conjunto Afrodisíaco, que teve sucesso imediato nas rádios e casas de show de Salvador. Nele, a dupla investia em um som mais percussivo, que remete às batidas dos blocos afro, onde foram criados. Por conta de uma decisão judicial, o nome precisou ser alterado para Vixe Mainha, um dos sucessos do grupo. Desse período, destaca-se ainda a música ?Café Com Pão?.



Por conta de ?incompatibilidades artísticas? com Pierre, Jau deixou a banda em 2006 e deu sequência a sua carreira. Com melodias mais elaboradas e letras com uma pitada poética, Jau deu sequência à sua carreira solo. ?Flores da Favela?, ?Sandália de Couro? e ?Cidade dos Poetas? são alguns dos destaques da sua fase mais recente.



Crítico dos rótulos, ele não gosta de ser definido como cantor de axé, ou de qualquer outro ritmo. Para o artista, a música é algo natural, que vem do coração. Um espaço onde não cabem definições e classificações. Apesar disso, no momento em que o ritmo baiano completa 30 anos, Jau merece ser lembrado como um expoente da música local e uma figura necessária para que se entenda o som feito por aqui.


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