Secretário nacional de Fomento à Cultura, o baiano André Porciúncula revelou que a Fundação Roberto Marinho, ligada ao Grupo Globo, deve à União R$ 54 milhões que foram destinados para obras no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, mas que, segundo o dirigente, não foram concluídas – o que deveria ter acontecido em 2014.
“Ela pegou R$ 34 milhões para fazer o Museu da Imagem e do Som. Não entregou o museu. Era para ter entregue desde 2014 e não entregou. Negativei as contas e extou exigindo que eles devolvam o dinheiro”, disse, em entrevista ao Linha de Frente, do Grupo Aratu, destacando que, com a correção monetária, a dívida chega a R$ 54 milhões.
O montante, conforme Porciúncula, está incluso num passivo de cerca de R$ 13 bilhões de projetos da cultura que não foram auditados durante os governos Lula, Dilma e Temer. Segundo ele, são mais de 20 mil programas que o governo não consegue sequer confirmar se foram postos em prática, uma vez que, conforme o secretário, não havia comprovação exigida pelo Governo antes da chegada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Numa portaria publicada no final de julho, de acordo com o portal R7, o Governo Federal inabilitou a fundação de captar recursos públicos pelos próximos três anos por da reprovação das contas das obras do museu.
Com a reprovação das contas, a Fundação Roberto Marinho ficará impedida, por três anos, de apresentar novos projetos no âmbito da Lei Rouanet.
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Fonte: Pablo Reis, de Brasília / Matheus Caldas