“AJAYÔ”: Bloco que prega paz no Carnaval, Gandhy vive ‘guerra’ por presidência da entidade
“AJAYÔ”: Bloco que prega paz no Carnaval, Gandhy vive ‘guerra’ por presidência da entidade
Um dos sete pecados sociais segundo Mahatma Gandhi é a política sem princípios. Esta citação do século passado tem estreita relação o que está hoje está acontecendo no Bloco Filhos de Gandhy, um dos mais tradicionais da Bahia, criado em homenagem ao líder indiano.
Isso porque o período eleitoral se aproxima e os dois candidatos à presidência parecem não selar a paz que o líder pregava. Estão na disputa Gilsoney de Oliveira, apoiado pela situação, e Luiz Henrique de Souza, de oposição.
Deixando de lado a política “boa praça”, a chapa liderada por Souza acusa o adversário de estar envolvido no esquema fraudulento de plágio que corre na Justiça.
Na suposta cópia indevida, o bloco foi denunciado pelo artista Carlos Murilo Ferraz de Almeida. “O processo corre até hoje. Se ele tem litígio com o Gandhy, como ele pode se candidatar à presidência? Aí eu quero saber dele qual interesse vai prevalecer caso vença: o empresário ou interesse pessoal”, acusa o opositor.
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A reportagem do Aratu Online obteve com exclusividade o documento do processo. Nos autos, o réu (Filhos de Gandhy) conta que não existem provas do crime, mas acusa Gilsoney. “Aduziu não existirem provas da apropriação indevida de obra pela Ré, sendo parte ilegítima para atuar no feito, pois seriam os Srs. Pacheco e Gilsoney os verdadeiros mentores do ato de copiar o projeto artístico do autor”, diz parte da ação.
Citado no documento, Gilsoney diz desconhecer qualquer processo contra ele. “Tenho 31 anos no bloco. Todas as correntes me apoiam. Agora, aparecer esse processo às vésperas da eleição [que acontece no próximo dia 05 de fevereiro] e do carnaval é uma falta de respeito com a instituição e isso é grave”, dispara.
Quem vencer o pleito vai gerir uma verdadeira bolada pelos próximos quatro anos (o mandato é de 2017 até 2021). O abadá dos Filhos de Gandhi para o carnaval deste ano custa R$ 500 para não-sócios e R$ 450 para os sócios. Em 2016, 10 mil homens eram associados ao bloco. Hipoteticamente, se todos comprarem as fantasias, a renda total para o bloco seria de R$ 4,5 milhões.
Ajayô!
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*Publicada originalmente às 13h – 24/1