Leo Prates e Vilas-Boas divergem sobre realização do Carnaval e discutem no Twitter; veja
"Saudando meu amigo e professor, Fabio Vilas-Boas, vejo que futebol não é o forte dele, retrucou Leo Prates, falando sobre aglomerações em estádios
O secretário de Saúde de Salvador (SMS), Leo Prates, e o ex-titular da Saúde do Estado (Sesab), Fábio Vilas-Boas, discutiram no Twitter por conta de divergências em relação à realização do Carnaval na capital. O embate aconteceu na última sexta-feira (26/11), após postagem feita pelo gestor soteropolitano.
“Com todo respeito ao governador, deixo aqui as minhas considerações: as imagens que estamos vendo nos estádios de futebol da Bahia, inclusive com cerveja e 35.000 pessoas, remetem ao discurso de cautela? Qual o parâmetro epidemiológico para esta decisão?”, questionou.
Na mesma publicação, Vilas-Boas saiu em defesa de Rui Costa (PT). O parâmetro epidemiológico adequadamente usado pelo governador é o do binômio intensidade X tempo de exposição. Os estádios possuem MILHARES de pessoas (não milhões) juntas ao AR LIVRE por apenas 2h. Bem diferente do carnaval! E sobre a cerveja: ainda não é fator de risco”, retrucou o ex-chefe da Sesab.
Em resposta, Prates publicou vídeos de jogos no Barradão e na Fonte Nova, com pessoas sem máscaras e aglomeradas. Saudando meu amigo e professor, Fabio Vilas-Boas, vejo que futebol não é o forte dele: a torcida chega antes e sai muito depois quando ganha, fui líder de torcida. Além disso, não falei de Carnaval, ele falou! Não entendo como o Governo prega cautela e libera 35.000 pessoas com cerveja?”, insistiu.
“Afinal ninguém bebe de máscara, concorda? Qual a diferença das imagens abaixo pra um evento? Se o produtor de eventos quiser contratar a Fonte Nova, por duas horas, o critério usado pelo Governo será o mesmo? Estamos vendo carnaval todo final de semana e vamos pagar a conta!”, acrescentou.
Com todo respeito ao governador, deixo aqui as minhas considerações: as imagens que estamos vendo nos estádios de futebol da Bahia, inclusive com cerveja e 35.000 pessoas, remetem ao discurso de cautela? Qual o parâmetro epidemiológico para esta decisão?
— Leo Prates (@LeonardoPrates4) November 26, 2021
Saudando meu amigo e professor, Fabio Vilas-Boas, vejo que futebol n é o forte dele: a torcida chega antes e sai muito depois quando ganha, fui líder de torcida. Além disso n falei de Carnaval, ele falou! N entendo como o Governo prega cautela e libera 35.000 pessoas com cerveja?
— Leo Prates (@LeonardoPrates4) November 26, 2021
Enquanto ambos discutem, seguem as divergências entre Bruno Reis (DEM) e Rui Costa em realização da festa. Nesta semana, o petista ganhou um “aliado” inesperado na defesa da não realização da folia: o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – mesmo que a opinião tenha sido manifestada em tom provocativo a prefeitos e governadores.
O Carnaval vem sendo centro de polêmica no noticiário baiano nas últimas semanas. Bruno vem defendendo a realização do evento, e indicou que a Prefeitura já vem organizando os detalhes para realizá-lo. Uma comissão da Câmara de Vereadores sugeriu que o prefeito e o governador anunciassem até o dia 15 se haverá ou não a festa. A sugestão não foi bem recebida por Rui, que retrucou e disse que “não aceitaria ultimado de ninguém”.
E o “Carnaval” liberado pelo Decreto Estadual continua… Fonte Nova hoje. Vamos todos pagar a conta! pic.twitter.com/mEo21nrWAL
— Leo Prates (@LeonardoPrates4) November 26, 2021
Enquanto isto, artistas e entidades carnavalescas vêm pressionando para que haja o Carnaval no próximo ano. Membros do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) e da Associação dos Profissionais de Evento (Ape) realizaram uma manifestação no último domingo (21/11) no Farol da Barra. Nas redes sociais, cantores como Léo Santana e Igor Kannário também defendem a realização da folia momesca.
Apesar dos defensores, há artistas que preferem ponderar a situação. O cantor Gilberto Gil não vai organizar o Expresso 2222 no próximo ano. O camarote é um dos mais tradicionais do Circuito Barra/Ondina. A informação foi divulgada na última quarta-feira (24/11) pela a esposa dele, Flora Gil.
“A pandemia ainda não acabou. A aglomeração é um multiplicador do vírus e o Carnaval é uma aglomeração extraordinária. Tenho receio de produzir uma festa tão grande com duração de uma semana, como o Camarote Expresso 2222, e cooperar com a permanência, e até uma expansão, da pandemia. Tenho muito respeito pela minha vida e a vida alheia”, disse, em entrevista ao Correio.
Com a resistência de Rui, Bruno chegou a mudar o discurso e admitir que a festa pode ser adiada e organizada para outro mês que não fevereiro.
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