Descubra alguns impactos emocionais na pandemia e duas ferramentas para você colocar em prática ainda hoje
Estamos passando por tempos desafiadores, sentindo os efeitos da pandemia de formas diferentes e de acordo com nossas experiências e realidades. Isso todos nós sabemos. O grande ponto é: você realmente tem consciência do impacto da pandemia na sua saúde emocional e bem-estar? E, ainda, conhece ferramentas que podem te ajudar a gerenciar melhor todos esses efeitos? Bom, é sobre isso que iremos conversar hoje.
Para começarmos, quero trazer um dado muito significativo: a OMS (Organização Mundial da Saúde), através de um estudo inédito, trouxe que, entre 1990 e 2013, o número de pessoas que sofre de ansiedade ou depressão subiu de 450 milhões para 650 milhões no mundo, ou seja, tivemos um aumento de quase 50%. Importante lembrarmos que o cenário considerado para o levantamento desses dados foi pré-pandemia.
Em paralelo a isso, já no cenário pandêmico, um artigo publicado na revista The Lancet denominado de “The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence”, realizou uma revisão das evidências sobre o impacto psicológico da quarentena para explorar seus prováveis efeitos sobre a Saúde Mental e o Bem-Estar psicológico, e os fatores que contribuem ou atenuam esses efeitos. Durante o estudo, percebeu-se alguns fatores estressores que impactam de forma direta dentro desse cenário pandêmico. Com isso, listei abaixo alguns deles para que você possa perceber, na prática, quais pontos podem estar te afetando:
1 - Duração da quarentena: quanto mais longa for, maior a relação com problemas na Saúde Mental, mais especificamente com sintomas de estresse pós-traumático e comportamentos de evasão e raiva.
2 – Medo de infecção: participantes dos estudos compilados relataram temores sobre sua própria saúde ou medo de infectar outras pessoas e eram mais propensos a temer infectar membros da família do que aqueles que não foram colocados em quarentena.
3 – Frustração e Tédio: o confinamento, a perda da rotina habitual e a redução do contato social e físico com outras pessoas frequentemente causavam tédio, frustração e uma sensação de isolamento do resto do mundo, o que era angustiante para os participantes.
Todos esses efeitos e alguns outros dos quais não listei aqui podem levar ao aumento de Estresse Pós Traumático, Estresse Agudo, emoções negativas cada vez mais constantes, aumento nos sintomas depressivos e, ainda, sintomas de ansiedade.
Nesse sentido, faço questão de afirmar algo que, no momento que vivemos, tenho trazido mais fortemente para nossos treinamentos, palestras e mentorias: não existem pessoas que não sentiram algum impacto vindo de tudo que estamos passando enquanto sociedade. Todos nós, de alguma forma, estamos sendo afetados com a Pandemia. Contudo, infelizmente, o que vemos constantemente nas vitrines das redes sociais, por exemplo, são pessoas que mostram a todo momento que estão bem, sem problemas financeiros e etc.
Realidade desafiadora, não é mesmo? Como cuidar do seu Bem-Estar se, a todo momento, parece que apenas você tem problemas?
Bom, nesse momento, se você estiver pensando algo como “eu tenho sentido alguns desses efeitos, tenho me comparado com as pessoas que vejo nas redes sociais, mas não sei o que eu mesmo posso fazer para me ajudar”, trouxe aqui dois pontos essenciais para colocar em prática, que possivelmente você já tenha percebido a diferença que fazem no dia a dia. Sim, você já deve os conhecer mas pode não estar os colocando em prática, o que é realmente necessário para que você obtenha resultados emocionais efetivos. Assim, pensando nisso, resolvi trazer essas duas grandes ferramentas/sugestões:
1 – Pratique exercícios físicos: praticar exercício físico aumenta a liberação de endorfinas e outras substâncias que aumentam o bem-estar, além de reduzir os hormônios do estresse como cortisol. Assim, temos essa prática como um grande remédio comprovado e aliado ao combate da depressão e da ansiedade. De acordo com o Departamento de Saúde dos EUA, pessoas que se exercitam de 30 a 60 minutos, de 3 a 5 vezes por semana sentem benefícios para a saúde mental. Contudo, fazer menos do que essa quantidade já te ajuda a se sentir melhor.
2 – Treine seu cérebro para estar no momento presente: vivemos constantemente no passado e no futuro. No dia a dia tão intenso, nossa mente vaga entre o que deixamos de fazer e no que precisamos entregar. Quando estamos em excesso no passado, podemos ser inundados pela culpa, frustração, decepção, mágoa, raiva e etc. E, na mesma linha, estando em excesso no futuro, por vezes nos conectamos com a ansiedade. Nesse contexto, existem algumas ferramentas muito importantes e com resultados comprovados cientificamente que conseguem nos ajudar em vários aspectos, inclusive para permanecermos por mais tempo no momento presente. Uma dessas ferramentas essenciais é a meditação. Dentre os vários benefícios da meditação, meditar com frequência pode nos trazer aumento de foco, manter a atenção e regular as distrações emocionais. Além disso, diminui o estresse, tendo em vista que diminui os níveis do hormônio do estresse (cortisol). Por fim, de acordo com pesquisas recentes da Universidade da Califórnia, a meditação pode te ajudar a viver mais, ou seja, a aumentar a longevidade. Assim, te convido fortemente a tentar a meditação com mais frequência no seu dia a dia.
Chegamos ao final do texto de hoje. Quero te convidar a colocar em prática as 2 ações simples e efetivas que falamos aqui, pois, como sempre digo: nada adianta conhecimento, se não o colocarmos em prática.
Uma excelente semana para vocês!
Com carinho,
Bianca Ramos
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.