SSP atribui queima de ônibus em Salvador a retaliação de facções; polícia reforça segurança
De abril a outubro deste ano, nove ônibus foram incendiados em Salvador, com um prejuízo estimado de R$ 9 milhões
De abril a outubro deste ano, nove ônibus foram incendiados em Salvador, com um prejuízo estimado de R$ 9 milhões. Somente nesta semana, dois veículos foram queimados após a morte de um morador do bairro do IAPI, na capital baiana.
Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (18/10), o titular da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, disse que as ações são uma resposta das facções criminosas à ação da polícia.
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"É uma resposta às operações realizadas continuamente pelas forças de segurança. Nós não deixaremos de fazer esse trabalho de enfrentamento, não deixaremos de a atuação precisa e cirúrgica a partir das operações de inteligência", apontou.
Na quarta-feira (16), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) deu a mesma opinião em uma coletiva de imprensa, e acrescentou:
“A queima de ônibus, a troca de tiros com a polícia, é por conta de uma reação, não é uma ação da polícia. Estamos atentos a isso, estamos fazendo operações diárias, inclusive com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), com a Polícia Federal (PF). As forças estão integradas em busca da resolução de crimes aqui, no estado da Bahia”.
ONDA DE HOMICÍDIOS
Apenas na última quarta-feira (16), 18 corpos foram encontrados em Salvador e Região Metropolitana. O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), coronel Paulo Coutinho, afirmou que, para conter o crescimento da violência, a instituição segue com a Operação Força Total, em combate ao tráfico de drogas e facções criminosas.
"Diante desse quadro de homicídios, nós já temos atuado reforçando o efetivo em vários locais. A Operação Força Total, hoje, está nas ruas, desde o início da madrugada. Estamos com a tropa reforçando em todos os municípios do estado", detalhou ele.
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A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, disse que tem intensificado as investigações em relação ao alto número de assassinatos na capital baiana, e ressaltou que as últimas mortes "chamaram a atenção" da instituição.
"Nós trabalhamos em um sistema de investigação hoje em dia, de identificar não só quem matou, mas, principalmente, quem está determinando essas mortes. Isso, para a gente, é fundamental no processo. Fazer a prisão dos indivíduos que cometeram os crimes para levar à Justiça, mas, conseguir alcançar essas lideranças, porque nós sabemos que, mesmo fora do estado, eles continuam dando ordens para que outras pessoas cometam esses crimes", finalizou ela.
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