Mais de 40 detidos e golpe milionário: os detalhes do esquema do consórcio em Salvador
Polícia Civil da Bahia conduz 42 suspeitos e desmantela esquema que causou prejuízo de R$ 3 milhões
Por Da Redação.
A Polícia Civil da Bahia realizou uma nova ofensiva contra um sofisticado esquema de fraude envolvendo falsos consórcios. Na segunda fase da Operação Falso Consórcio, deflagrada nesta semana em Salvador, 42 pessoas foram conduzidas à delegacia e diversos materiais utilizados nos crimes foram apreendidos. A ação é conduzida pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), com foco no combate a empresas de fachada que atuavam na capital baiana.
Coordenada pela Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), a investigação revelou a existência de uma organização criminosa bem estruturada e hierarquizada. O grupo aplicava golpes com consórcios fraudulentos de imóveis, veículos e outros bens, atraindo vítimas por meio de anúncios enganosos em plataformas digitais. As ofertas chamavam atenção por prometerem condições vantajosas para aquisição dos produtos — que, na prática, não existiam.
Após o contato inicial online, os consumidores eram convencidos a comparecer a escritórios localizados em um prédio comercial na Avenida ACM, onde os golpistas davam prosseguimento à fraude. No local, os suspeitos explicavam o funcionamento do consórcio e, em alguns casos, até promoviam visitas a bens fictícios. As negociações continuavam até que as vítimas realizassem pagamentos, sem receber qualquer documentação que comprovasse a legalidade da operação.
Durante as diligências, foram apreendidos contratos, notebooks, celulares, máquinas de cartão e outros equipamentos utilizados para operacionalizar os golpes. Segundo a Polícia Civil, o prejuízo total das vítimas já chega a cerca de R$ 3 milhões, somando as duas fases da operação.
Além de estelionato, os investigados podem ser responsabilizados por propaganda enganosa, exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.
Primeira fase da operação
A primeira fase da Operação Falso Consórcio ocorreu no dia 26 de março, quando cinco pessoas foram presas por suspeita de envolvimento com o grupo. Na ocasião, foram apreendidos R$ 18 mil em espécie, pen drives, dois carros, contratos de consultoria financeira, cadernos de anotações, notebooks, carregadores, máquinas de cartão de crédito, CPUs e celulares.
O início das investigações foi motivado pela denúncia de um influenciador digital, vítima do golpe. Ele teria adquirido um apartamento por meio de um dos falsos consórcios, mas nunca recebeu o imóvel.
A Polícia Civil segue com as investigações e continua recebendo novas denúncias. O órgão reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e a responsabilização dos envolvidos nesse tipo de crime que afeta diretamente o consumidor baiano.
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