Mãe de garoto morto enquanto trabalhava em Itapuã protesta e relata tensão durante enterro; "irmão quase não resistiu"
De acordo com a 12º Delegacia Territorial, o alvo dos atiradores era um homem de 35 anos, que já tem passagem na polícia por roubo e receptação.
Com cartazes nas mãos e gritos pedindo por justiça, familiares do pequeno Ícaro Silva Serapião se reuniram na manhã desta segunda-feira (9/8) e fecharam a Avenida Dorival Caymmi, no bairro de Itapuã, em Salvador, para pedir a prisão dos envolvidos na morte do garoto.
Aos nove anos, Ícaro trabalhava como vendedor ambulante na praia quando foi alvejado quatro vezes na tarde da sexta-feira (6/8). O garoto foi atingido no braço, nas costas, no peitoral e na nuca por disparos de criminosos que tentavam executar uma pessoa presente na região. Ele foi socorrido para o Hospital Aeroporto, mas não resistiu.
Familiares de menino de 9 anos morto em praia de Salvador protestam na Avenida Dorival Caymmi pic.twitter.com/n1qgGScrPY
— Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) August 9, 2021
"Se fosse um filho de ACM Neto, de um Bruno Reis, a polícia já teria prendido os responsáveis. Eles já têm as imagens das câmeras de segurança e os dados do carro usado pelos criminosos. Só queremos justiça", disse um dos manifestantes em entrevista ao vivo para o programa Cidade Aratu.
De acordo com a 12º Delegacia Territorial, o alvo dos atiradores era um homem de 35 anos, que já tem passagem na polícia por roubo e receptação. Testemunhas informaram que os autores chegaram num carro, modelo Prisma, branco, placa não anotada. Dois homens e uma mulher desembarcaram do veículo e deflagraram os tiros.
Muito abalada, a mãe de Ícaro relatou que a criança estava trabalhando para poder ajudar nas contas de casa quando o crime aconteceu. "Ontem foi o sepultamento do meu filho. Nove anos. Quando foram avisar a avó dele, ela já sabia porque tinha visto na televisão. Está inconformada até agora, assim como o irmão dele, que foi comigo ontem enterrar e quase não resistiu", desabafou a jovem mãem identificada pelo prenome de Marluci.
Equipes da 15ª Companhia Independente da Polícia Militar foram acionadas e, após uma breve negociação com os manifestantes, o trânsito foi sendo liberado.
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