Justiça solta casal suspeito de matar empresário em Amaralina
O caso aconteceu no dia 19 de setembro. Os dois suspeitos foram gravados por câmeras de segurança do hotel onde Roberto Lôpo foi executado.
Já está na rua o casal suspeito de matar o empresário Roberto Neri Franco Lopo, de 57 anos, em uma pousada no bairro de Amaralina, em Salvador. Roanichan Pacheco, 29 anos, e Philip Faria, 26, foram beneficiados por uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, proferida no dia 21 de outubro, que não acatou o pedido de prorrogação da prisão temporária elaborado pela Polícia Civil da Bahia.
"Alega, o delegado de Polícia, que a prorrogação da prisão temporária é necessária para dar continuidade às investigações, diante da necessidade de maiores esclarecimentos do fato em apreço, quanto aos pertences da vítima, à motivação da conduta, e sobretudo à individualização do comportamento dos investigados [...]", detalha um trecho da decisão, assinado pela juíza Gelzi Maria Almeida.
Para assinar a soltura, a magistrada elencou uma série de considerações. "Os representados comprovam, documentalmente, residência fixa no distrito da culpa e se comprometem a aqui permanecer para colaborar com as investigações, o que, de fato, confere aos mesmos, a possibilidade de satisfazerem às diligências ainda pendentes de cumprimento pela Autoridade Policial da 1ª DH", continuou.
Agora, as investigações continuam e Roanichan e Philip deverão "comparecer aos atos do inquérito policial ou da eventual futura ação penal, quando previamente intimados, devendo, de logo, se apresentarem à Autoridade Policial no prazo de cinco dias, apresentando comprovação nestes autos; comparecimento mensal neste Juízo para informar e justificar suas; e proibição de ausentar-se da Comarca de Salvador".
CRIME
O caso aconteceu no dia 19 de setembro. Os dois suspeitos foram gravados por câmeras de segurança do hotel onde Roberto Lôpo foi executado.
A polícia sabe que o casal estaria esperando pelo empresário e foi para o quarto cerca de duas horas antes de Roberto aparecer na recepção. Após perceber que Roberto não teria descido junto com a dupla, o gerente do hotel foi até o apartamento, onde avistou a vítima amarrada, com sinais de agressão.
A apuração do Aratu On ainda apontou que o casal morava no Sul da Bahia. Roanichan Pacheco, inclusive, tem uma loja de roupas e fazia trabalhos de modelo, sendo conhecida até como blogueira em Porto Seguro. Além disso, chegou a cursar medicina veterinária na Universidade Estadual Santa Cruz. Não há informações se ela chegou a concluir o ensino superior.
A dupla foi presa no dia 22 de setembro, quando foi presa na cidade de João Monlevade, em Minas Gerais. Após a audiência de custódia, os advogados de Roanichan e Philippe, João Teles e Renan Canto, respectivamente conversaram com a imprensa. Eles explicaram que, durante a audiência, foram analisadas as circunstâncias da prisão em Minas. Segundo a defesa de Philippe, houve abuso de autoridade.
"Ele não teve a possibilidade de ligar pra um familiar ou advogado", afirmou Renan Canto, questionando o interrogatório feito pela polícia mineira. "Nós temos que esclarecer os fatos e é por isso que a defesa vai pedir um novo interrogatório. Agora sim, na presença de um defensor, orientado e respeitado todas as suas garantias e deveres constitucionais".
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